"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron





quarta-feira, 2 de julho de 2014

NÓS

NÓS

Meu corpo, seu corpo
Nossos desejos
Um só corpo
Sentimentos 
Carinhos
Entregas
Eu, você
Nós 
Unidos agora num só
Ligados molhados
Entrelaçados
Um dentro do outro
Paixão da carne que se atrai

Dos corpos que se devoram
Da alma que busca sempre amar

SOFRIMENTO (OUTRO)

SOFRIMENTO

As noites tortuosas que não acabam com o sol
Madrastas da angústia que não tem fim
São testemunhas oculares da insônia que me tortura
Da calma que me abandona
Minha respiração ofegante e o aperto no peito
A boca seca que me perturba
Sofrimento que se multiplica pelas horas 
Dessas horas que o relógio segura não passam
Deitado "fritando" em pesamentos duvidosos
Rolando sempre para lá e para cá
O suor afogando-me em desespero
Sinto-me prisioneiro dessa situação
E sigo os dias assim sem vida
Carregando desde outros tempos essa dor
Que não me deixa em paz
Coisa que nem mesmo a morte é capa de me libertar

UM BLUES E NADA MAIS

APENAS UM BLUES NADA MAIS

Caminhando sozinho pelas sombras distante de tudo
Distante de tudo, de todos e de você caminhando pelas sombras
Em minha mente nada mais interessa apenas esse blues que toma conta de mim
Essa música feita na encruzilhada da vida nascida na dor da saudade 
Apenas um blues e nada mais
Sei que você não entende a razão que me move
Nem faço questão que procure entender
Ouça os lamentos que vem do sul
Ouça os lamentos que vem das almas perdidas que vagam sem destino
Esse mundo um dia vai ter fim e o sol vai escurecer
Deixe-me em paz e não me atrapalhe nessa jornada
Porque o que eu quero é apenas um blues
Um blues para assoviar pela estrada enquanto me perco pelos caminhos
Esses meus caminhos sem volta que me levam a todos os lugares
Que me levam ao inferno e me fazem encontrar os meus fantasmas
Quero apenas terminar assim cantando um blues
Rindo da morte enquanto ela tenta me alcançar
Foda-se o mundo e todos os seus parasitas
Nada disso tem importância para mim riqueza, poder e o que mais for
Não nasci para viver os sonhos dos outros
O que eu quero é beber até cair ouvindo um blues e nada mais
Apenas um blues e o resto que se dane
Um blues cantado com o diabo sem me preocupar com o amanhã
Apenas um blues e nada mais

QUANDO AMANHECER

QUANDO AMANHECER O DIA

Ouça o vento la fora anunciando o fim do mundo
Não tenha medo agora
Porque quando amanhecer o dia
Nada mais será como antes
Apenas olhe pela janela
Abra a porta da sua vida 
Aproveite esse novo brilho do sol
Goze o tempo que ainda lhe resta
Viva tudo o que tem para viver antes que a noite chegue
Tudo passa muito rápido
Abra as asas e voe ganhe as alturas do céu

POEMAS OBSCENOS SAÍDOS DE UMA MENTE PERVERTIDA


COM VOCÊ NA MINHA BOCA

Sim a noite esta fria mas isso pouco importa 
Porque o calor que cresce dentro de nós alimenta nosso fogo
E essas chamas nos transformam em um só
Suas mãos deslizam sobre mim enquanto brinco em você
Lá fora o vento sopra cantando a sua solidão 
Sem saber que aqui dentro escondidos nos entregamos sem pudor
Seus movimentos meus movimentos nossos movimentos
fazendo o tempo passar sem ser percebido
Sua língua em minha boca trocando carícias com a minha
Enrolada se enrolando me atiçando
Palavrões suspirados em abundância
E pela noite a dentro vou sendo seu
Menina mulher que me tira do controle
Fazendo o que bem quer comigo
Enquanto me derreto em suas mãos
Com você na minha boca

SANGUE

gotas uma atrás da outra
vermelhas que se espalham
vermelhas que me atraem
vermelhas que me despertam
que me dão fome
que matam a minha sede
gotas alucinantes
que me dão vida
gotas e mais gotas
gotas em minha boca
inundando a língua
sangue sabor pecado

SEU CORPO

Na amplitude dos meus desejos
Perdido na angustia da solidão
Minha mente divaga
Se perdendo em devaneios
Enquanto que em minha boca
Ainda persiste o gosto seu
Gosto que me atiça a carne
Carne que necessita da sua
Do calor do seu ventre
Do fogo de suas entranhas
Minha língua vibra feito louca
Imaginando cada pedacinho seu
Ah! fome indolente que persiste nervosa
Que só acaba quando você em mim encosta
Quando sinto suas mãos em cada parte minha
Quando meu corpo devora o seu

LABAREDA

Ela apareceu assim de repente
Sem pedir licença foi entrando
Remexendo tudo sem cerimônia
Deixando tudo fora de lugar
Uma menina disfarçada de mulher
Uma mulher em forma de menina
Um nome, um perfume, um talvez
Um não sei, vou pensar no que dizer
Um olhar e muitos desejos
Uma boca faminta que jamais se cansa
Uma labareda que não se apaga
Que queima sempre que é tocada

ÁRVORE PEQUENA

Sinto falta da Árvore Pequena que encontrei um dia em meu caminho
Sinto falta daquele tempo em que tudo era alegria
Sinto falta daquela Luz que invadiu minha vida
As vezes desejo esquecer tudo
Fazer de conta que nada aconteceu
Mas o que a minha mende deseja
O coração não obedece, não entende

sábado, 14 de dezembro de 2013

NO QUE VC ESTA PENSANDO AGORA?

NO QUE VOCÊ ESTA PENSANDO AGORA?

Olhe para mim e me diga
O que você esta pensando agora?
Suas crenças foram todas por água abaixo
Suas verdades mostraram serem apenas ilusões
E o medo agora toma conta do seu coração
Em seu peito um aperto sem tamanho
A respiração que quase não sai
Então me diga o que você esta pensando agora?
Seus sonhos agora ficaram mais distantes
Lá fora a realidade devora o mundo
Sofrimento por toda parte
Mentiras e mais mentiras
Promessas que nunca serão cumpridas
Pessoas se entregando ao dinheiro fácil
Nas ruas apenas solidão e nada mais
Pare de chorar isso não vai adiantar
Me diga no que você esta pensando agora?
A morte agora desfila protegida pelo ódio
Milhares nascem e morrem todos os dias
Riquezas são produzidas para poucos esbanjarem
Deuses e templos são apenas meras lembranças do passado
Na verdade eles jamais existiram
Sacerdotes e santos enfeitam o caminho que nos leva ao inferno
O amor é só mais uma palavra usada para enganar alguém
Crianças drogadas por toda parte
Desolação e barbárie
Pare de chorar e olhe para mim
Diga no que você esta pensando agora
Enquanto sangra até morrer?


Uma noite do terror

Dizem que antes das tempestades
Só existe o silêncio
De repente a escuridão tomou conta do céu
Raios caem rachando o concreto
A loucura se apoderou das pessoas
Todos correm sem saber para onde ir
O caos absoluto reina na cidade
O vento sopra forte trazendo com ele o cheiro da morte
Nuvens se formam no horizonte
As portas do inferno foram abertas
E os demônios vieram saciar a sua fome
Uma noite de terror
Você não tem para onde fugir
Entregue-se agora
O sofrimento é inevitável
A sua dor será a nossa alegria
Almas encherão as masmorras da dor
Corpos queimarão nas chamas das profundezas
Sim, é uma noite de terror
Uma noite de terror que jamais será esquecida
Corram até cansar
Pois não há lugar seguro para se esconder
O ceifador já caminha sobre a terra
E os quatro cavaleiros impunham suas armas
Seu coração será pesado
Enquanto seus pecados serão escritos no livro dos mortos
Porque hoje é uma noite de terror
Uma noite de terror sobre a terra
Curvem-se perante o seu senhor
Enquanto ela se apodera de suas almas



 NN

QUANDO A NOITE CAI

Quando a noite cai

Lembranças vem
O passado nunca morre
Por mais que o tempo passe
Tudo fica guardado no peito
Ali cutucando o coração
O seu beijo ainda esta em minha boca
Meu corpo deseja o seu
Mas você não esta mais aqui
E é quando a noite cai
Que mais sinto a sua falta
Esse silêncio é matador
O que posso fazer para você entender?
Entender que sou como um pássaro
Que preciso voar e seguir o sol
A vida é para ser vivida
O seu olhar continua forte em minha mente
Nem tudo pode ser como a gente quer
E mesmo distante
Algo seu ainda continua aqui

Posso sentir

O BLUES, EU E VC

O BLUES, EU E VC

Na velha vitrola o blues começou a rolar
Tocava um blues daqueles chorados
Arrancados do fundo do coração
Do outro lado do balcão lindos olhos castanhos
Uma boca carnuda vermelho sangue
E um decote daqueles de arrepiar
Um par de seios mais lindos que já vi
Só sei que foi assim que nos cruzamos naquela noite
Depois da terceira tequila tudo fica mais fácil
Sem medo e sem vergonha na cara
Fui lá e roubei um beijo seu mulher
Logo depois levei aquele tapa
Mas quer saber? Nem liguei
Sim, nem liguei          
Porque estava muito feliz naquela noite
A sua boca por alguns segundos foi minha
Sei que prendi  a sua respiração
Minha língua brincou com a sua
Tudo ao som daquele blues rasgado
Saindo da velha vitrola endiabrada
Chorado do fundo do coração
Ficamos um pouco grudados eu e vc
Senti o seu perfume enquanto segurava o seu corpo
 Que tremia em minhas mãos 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

FIM QUE NÃO CHEGA

FIM QUE NÃO CHEGA 

Chove muito lá fora
Agora são tempos sombrios 
As estradas e todos os caminhos parecem escuros
Todos sofrem
Lágrimas por toda parte
Gente perdida 
Corações vazios
Mentes assombradas
O vento anuncia mais uma tempestade
Sinto frio nessa solidão
A noite parece não ter fim
No céu vazio apenas a lembrança das estrelas
Não tenho mais forças
Minhas pernas tremem
A visão se perde na penumbra
Quero gritar
Sinto frio nessa solidão
Estradas perdidas
Caminhos esquecidos
Onde estão todos os amores que já tive na vida?
Lágrimas por toda parte
Corações vazios
Mentes insanas
Eu e meus pesadelos
Esperando pelo fim que não chega

APENAS A MORTE AGORA E NADA MAIS

APENAS A MORTE AGORA

Olha, eu queria dizer tantas coisas
Falar aquilo que sempre escondi
Dentro do peito
Pegar em sua mão e andar pelo jardim
Mas nunca tive coragem
O tempo passou
Cada um seguiu por estradas diferentes
Nos perdemos dos nossos sonhos
Crescemos e as nossas crianças ficaram para trás
Junto com elas os planos que fazíamos
Hoje sozinhos cada um em seu canto
Sozinhos vivendo das lembranças
Lembranças que as vezes machucam
Nos fazendo chorar
Por que não fazemos aquilo que desejamos fazer?
Por que deixamos a vida escapar pelos dedos?
Olha, eu queria ter feito tantas coisas
Ter lhe dado flores
Um sorvete de uva
Amor noites sem fim
Mas nunca tive coragem de abrir a porta
E deixar você entrar
O tempo passou
E os sonhos ficaram para trás
Enquanto nossas vidas sucumbiam
Perdidas na solidão
Desejos que jamais foram realizados
Apenas a morte agora

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

SE LIGA

BATENDO CABEÇA

Fico batendo cabeça atrás de você
Fico assim meio zumbi
Sem saber o que fazer
Batendo cabeça

As horas passam
E essa fome não me deixa
Esse desejo quente seca a minha boca
Fico assim meio zumbi
Batendo cabeça

Não tenho mais o controle de nada
Meu corpo não obedece
Minha mente derreteu
Fico batendo cabeça atrás de você

Nenhuma droga consegue me fazer parar
O fogo me consome por dentro
As horas passam
E sem saber o que fazer
Bato cabeça atrás de você

Até o rock and roll perdeu o encanto
Cerveja, cachaça, tequila, Whisky, baseado...
Tudo ficou sem graça, sem tesão
Meio zumbi fico assim
Batendo cabeça atrás de você

terça-feira, 14 de maio de 2013

E DAÍ QUE O TEMPO PASSA?

RESTOS DE NADA

Não quero saber do vento lá fora
Nem das suas histórias 
Prefiro ficar aqui
Sozinho 
Flertando com a escuridão
Ouvindo os pensamentos quebrando o silêncio
Chega
Cansei das suas verdades
E do seu sorriso falso
Vou ficar aqui olhando para as paredes
Vendo as baratas correndo pelo chão
Devorando as migalhas dos sonhos que restaram
Restos de nada
Fantasmas com sede e garrafas vazias
Desejos que precisam de carne
Minha fome de tudo controlando meus atos
E dai que o tempo passa?
A morte é outra piada que não tem graça
Apenas desgraça
No canto da sala uma cadeira solitária
Eu apenas mais um cara fodido
Procurando se encontrar em meio a tanto lixo
Gente babaca que me dá nojo
Feridas abertas gangrena que me rouba em pedaços
Antes de você vir me criticar
Vai se danar filho da puta
Já tenho os ratos por aqui
Não preciso da sua “bondade” 




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Revelação



Revelação

Vozes em minha cabeça
Segredos revelados
Gritos do fim do mundo
Sofrimento e dor
Mentiras que perderam sentido
Em seu coração o abismo tomando forma
Seus sonhos consumidos pela escuridão
Elas dizem essas vozes em minha cabeça
Que o fim de tudo chegou
Que todos nós deixaremos de existir
O sol vai se apagar e as trevas virão
Reinos e riquezas sucumbirão
E a paz enfim existirá

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A MORTE E OS LIVROS NA ESTANTE

UMA FLEXÃO SOBRE A MORTE E OS LIVROS NA ESTANTE

Hoje, mais um dia. Às vezes me pego pensando nisto: A companhia da morte.  Muitos e muitas têm receio de refletir sobre este assunto. Existe desde que o homem se compreendeu separado da natureza, um receio quase que sagrado em falar da morte. Apenas o pronunciamento dessa palavra já tem gente que faz o sinal da cruz, torce o nariz e até mesmo que sai do recinto, do local.

Mas também existe de maneira subliminar certa adoração da morte. Podemos constatar isto ao vermos e até mesmo participarmos de celebrações em homenagem aos que já nos deixaram aos que se foram, os que a morte tirou de nós.  Até mesmo quanto mais fazemos de conta que ela não é assunto nosso, que jamais seremos tocados por ela, podemos sentir os seus olhos nos observando, seus passos nos seguindo, os seus sinais.

A morte já nasce conosco. De várias maneiras podemos ter o seu abraço, de forma natural por causa da idade avançada, acometidos por problemas de saúde, acidentados, assassinados e por fim, no caso onde o desespero fala mais alto que a razão e o medo da morte: o suicídio.

Olho para as estantes na sala contando cada livro que se encontra repousando, às vezes esquecido, sobre suas prateleiras. Livros que comprei com dedicado esforço. História Geral, filosofia, sociologia, comunicação, política, economia, ciência, tecnologia, religião, biografias, poesia, prosa, versos, romances, ficção cientifica, aventuras, mistério, psicologia, terror...


Para quem vou deixa-los?  

Aproveito para deixar aqui um poema meu intitulado de A Morte: Um Soneto Melancólico. Espero que curtam.

SONETO MELANCÓLICO
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxifAt3itE8WxtfBRqNG0RbgVmn-Y-fCmlGzNsYnbGxqeKYrypkqlIfGweDFJgvT6aHSpxu-x9DNCQFiODFmW9KbAujqaj8xWYlzMWzGnWpqPwUZEzw4sZhronJtokpv4gWv33grWLhdp9/s320/morte.jpg
A morte observa por cima do muro,
Ouvindo pensamentos através das paredes,
Do concreto, dos dias que passam e não voltam.

A morte observa,
As flores na primavera,
As folhas que caem no outono,
Os amores perdidos
E os sonhos dos adolescentes.

Ela aprisiona cada minuto que perdemos,
de nossas vidas, deixando de vive-las.
Ela, simplesmente, não consegue perdoar.

Ela deixa as suas marcas profundas nos que ficam.
A morte observa cada palavra, cada letra deste
soneto melancólico.

Observa calada o tempo passar e o encontro
dos ponteiros,
Leva os momentos felizes, marcando o ponto final
de nossas vidas,
O The End de nossos dramas cotidianos,
Tornando cinza o arco-íris...


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

É o fim (Cinzas do Inferno)




Cinzas do inferno

Olho ao redor
Fumaça gritos choros
Fogo caindo do céu
Chamas que atingem tudo
Queimando sonhos
Lágrimas inocentes
Corpos que ardem pelas ruas
Agora de nada vale a sua riqueza
Sua arrogância
O fogo vai transformar todos em cinzas
Nada mais importa
Nenhum poder pode salvar o mundo
É o fim       
Fogo caindo do céu
O inferno abre as suas portas






segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

NÃO ADIANTA FUGIR


Você me chamou, lembra?

Não preciso bater em sua porta para entrar
Há muito tempo que já estou dentro de você
Lembra quando veio desesperada atrás de mim
Com o coração cheio de ódio
Magoada querendo vingança
Fazendo promessas de fidelidade eterna
Entregando a alma numa bandeja
Pedindo para acabar  com a dor
Não adianta tentar se esconder ou fugir
Eu já estou dentro de você
Me aproveitando do calor do seu corpo
Saciando meus desejos com o frescor de sua carne
Na encruzilhada da sua vida as velas do desespero continuam
Queimando
Nenhum arrependimento pode nos separar
Você aceitou minhas condições fazendo planos para o futuro
Foi você quem quis assim vindo a mim na escuridão
Implorou se humilhando
Pelo sabor do beijo
O beijo que selou o seu destino
Portas fechadas, orações e crucifixos não podem lhe proteger
Nada mais pode ser feito para evitar
Você me chamou, lembra?





* Primeiro poema de 2013 escrito na noite da segunda-feira 07/01/2012.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O GATO NO CANTO


O GATO NO CANTO

Meu corpo treme
Sinto-me estranho
Nada faz sentido
E tudo parece fora de lugar
Minha cabeça roda
Um gosto amargo na boca
Copos vazios denunciam a bebedeira
Roupas espalhadas pelo chão
No canto o gato parado
Olhando
Me encarando
Talvez ele saiba o que aconteceu
Só que jamais irá me contar

PARA ESSE PARAÍSO EU DIGO NÃO!


Paraíso de Merda

Dizem que sou livre
Que vivemos todos bem
Que este mundo é o melhor dos mundos
Infelizmente uns são esquecidos pela sorte
Não têm capacidade de crescer
De ser “alguém”
Mas que se nos empenharmos
Com muito esforço e dedicação
Respeitando as tradições
Seguindo ordens
Fazendo a coisa “certa”
Teremos o nosso lugar
Seremos reconhecidos
Concentremo-nos no trabalho
Sonhar faz parte da vida
E só o trabalho é capaz de transformar esses sonhos
Em realidade
Sigamos em frente, marchemos para conquistar um lugar ao sol
Não devemos nos preocupar com aqueles que tombam pelo caminho
Os fracos não merecem a nossa atenção
Mas felizmente eu não aceito
Algo me diz que está tudo errado
Que assim não podemos viver em paz
Este mundo é uma prisão
Levanto-me rebelde
Questiono os seus mitos, essas ideias que nos separam
Encarando-os nos olhos
Ergo meus punhos
Que vão todos à merda
Para esse paraíso eu digo não!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SE O MUNDO ACABAR..


Bom e velho Rock and Roll

Na cabeça apenas a vontade de romper horizontes
Guiada pela vontade de vencer  os medos ao redor
Esses obstáculos que são colocados a nossa frente
Todos os dias, sempre
No coração a coragem incessante
A confiança que o agora e o mundo podem ser
Aquilo que quisermos
Se quisermos mesmo com vontade
Que estivermos dispostos a lutar e defender
Levantar nossa voz e fazer valer a justiça derrubando muros e arrancando cercas
A justiça que nos faltou ontem e nos falta hoje
Que é negada diariamente atravessando séculos sem fim
Mas tudo isso será em vão se antes de tudo não jogarmos fora todas as máscaras
Essas máscaras que falam por nós
Que nos tornam meros prisioneiros da dor
De nada adianta se lá no fundo nos deixamos levar pela covardia
Sem a eterna rebeldia da juventude, sem rock and roll
O rock and roll que corre nas veias
A vida é rock and roll
E não existe vida se ela não vier acompanhada da liberdade
A liberdade e o rock and roll
Liberdade é rock and roll
Liberdade agora e sempre
Rock and roll até o mundo acabar
E se acabar que acabe sem donos
Como a vida deve ser
Que acabe ao som do bom e velho rock and roll


  

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SUBMISSOS EM TODA PARTE


Ajoelhado à beira do caminho

Vou contar uma história
Tenho certeza que vocês não vão acreditar
Porque parece loucura
Coisa de quem fica viajando acordado
Eu vi naquela tarde ao final do dia
O homem estava ajoelhado perante uma árvore
Ajoelhado perante uma árvore
Árvore velha à beira da estrada
Um homem ajoelhado à beira da estrada
Num final de dia assim quando vai chegando a lua
Oi ieeeieieieieie
Parei na frente daquele homem e sua árvore
Vendo e mesmo assim não acreditando
O homem ajoelhado à minha frente
Prostrado perante uma árvore velha centenária
Ei cara o que você faz aí?
Já não chega nos ajoelharmos para o dinheiro?
Nos ajoelharmos para os problemas da vida ?
Todos estão sempre de joelhos para alguma coisa
Para alguém
Porque se ajoelha para uma árvore velha?
Qual é o seu problema?
Chega de nos ajoelharmos para tudo e para todos!
Chega de sermos bonzinhos
Ajoelhados em toda parte
Cordeirinhos no paraíso
Vou contar toda essa história
Porque na frente de uma árvore velha
Tinha um homem ajoelhado
Submisso à beira do caminho
Foi o que eu vi num final de tarde
Daqueles em que a lua já vem chegando

Rui Amaro Gil Marques – 06/08/2012 num final de tarde.




Dedico este poema a todos e a todas que se recusam a ficar de joelhos perante alguém ou alguns. É para aqueles e aquelas que compreendem bem qual a nossa missão nesta vida. Que somente a luta diária, constante, faz avançar o mundo e a humanidade, quebrando assim velhos paradigmas, desfazendo ilusões, derrubando mitos e destronando os senhores, criminosos que vivem as nossas custas, que nos roubam, enganam, oprimem, violam e violentam com a sua exploração.  É para antigos camaradas que continuam na luta, ao nosso lado e também para os que vêm chegando. Com admiração e respeito. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

VIVER É MUITO MAIS IMPORTANTE!


Maria Juana e o rock and roll

Maria juana filha da terra
Herdeira das portas da mente
Viaja vai para tudo que é canto
Aqui e do outro lado do mundo
Maria Juana aparece para fazer festa
Onde ela chega sempre tem muito rock and roll
E quando o bom e velho rock toca ela chega
Sempre assim ela aparece do nada
Maria Juana “dichava”os problemas
Enrolando o tempo que fica parado
Sussurrando antigas lendas e lembrando velhas canções
Queima as tempestades que atormentam sonhos
Rock and roll e Maria Juana
Maria Juana e rock and roll
Música de bater a cabeça
Música de beber com Maria Juana
Rock and roll

domingo, 15 de julho de 2012

O CAÇADOR E A CAÇA

CAÇADOR

Espreito-a pelas frestas

Sigo-a com os olhos da fome

Sem suspeitar da minha presença

Vai cantarolando sua alegria

Do meu canto fico em silêncio

Observo-a sem reclamar

Não tenho pressa

Por que tenho certeza

De que ela não poderá escapar

Quando o momento esperado chegar

Seu nome não me interessa

Seus sonhos muito menos

Dela o que eu quero é apenas

Aplacar a minha imensa dor

sábado, 7 de julho de 2012

ENTREGUE-SE A MIM

Venha comigo


Abra seus olhos
Enxergue ao seu redor
Sorrisos de satisfação
Afagos e elogios
Nada disso é real
Por trás de cada rosto
O demônio lhe estende a mão
Promessas de felicidade
Poder e dinheiro
Seu coração sabe a verdade
Mas o egoísmo fala sempre mais alto
Sufocando a razão
Pactos não podem ser quebrados
Muitos já tentaram enganar o diabo
A lição é dura de aprender
Venha cá e pegue em minha mão
Deixe-me contar meus segredos
O que você procura para aplacar a dúvida
Preencher o vazio que lhe consome
Medo do desconhecido
Sua mente divaga enquanto o tempo passa
Vidas solitárias choram na escuridão
Sofrer é sempre uma opção
A liberdade é um castigo
Venha cá
Ouça as verdades que assombram sua vida
Se entregue a mim
A dor é apenas um detalhe para alcançar a eternidade
Abra seus olhos
O relógio não pode ser parado


segunda-feira, 2 de julho de 2012

CABEÇAS VAZIAS

Os pensamentos se perdem

Se perdem os pensamentos

Perdem-se os pensamentos

Pensamentos que se perdem

Que se percam os pensamentos

Pensamentos perdidos

No vazio das cabeças

Das cabeças vazias

Que se fazem oficinas do diabo

Que do diabo se fazem oficinas

Essas cabeças que não pensam

Cabeças essas vazias

Onde os pensamentos se perdem

Onde se perdem os pensamentos

segunda-feira, 18 de junho de 2012

SACRO SACRILÉGIO

SACRILÉGIO

Abram suas bíblias

Leiam os versículos

E busquem a salvação

Que jamais encontrarão

Entrem nos templos

Nas igrejas dominadas pelos símbolos da dor

O Cristo sangra eternamente

Torturado pelos pregos do castigo

Sentado no trono de todos os pecados

O velhaco hipócrita sorri assim como todos os outros

Loucos sujos de sangue

Assassinos em nome do pai

Da mentira e do poder maligno

Demônios

Ouçam os sinos da danação

Venham

Tragam suas almas

Encham os cofres de todas as seitas

Rezem e orem

Continuem sofrendo e digam amém

domingo, 3 de junho de 2012

NOSSAS BOCAS


Bocas
Boca pequena
Da voz suave
Serena
Boca fechada
Aquela que não entra mosca
Boca grande
Que não para um só segundo
Boca atrevida
Que sussurra safada
No ouvido
Quente e molhada
Boca suja mal criada
Que não perde tempo
Xinga e manda à merda
Boca doce de carinho da mulher amada
Boca inocente do sorriso maroto de menina
Boca que morde e assopra
Boca vermelha assanhada
Bocas entrelaçadas
Bocas desejadas
Que desejam
Boca que gosta de uma chupada
Boca que diz asneira
Que ninguém escuta
Boca que grita
Boca que não fala
Boca faminta
Boca sofrida sem dentes
Boca agredida
Boca roxa
Da língua morta
Bocas

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ESTÚPIDOS POR TODA PARTE

Estúpidos nos governam

Alienando as nossas mentes

Despudoradamente roubam nossos sonhos

Deixando seus pesadelos

Consumindo sem permissão nossas vidas

Miseráveis e canalhas de todas as cores e bandeiras

Ícones da covardia e do bandidismo oficial

Paus-mandados dos parasitas que não trabalham

Dessa corja desumana que escraviza

Que sem piedade alguma tira o pão das bocas famintas

Estúpidos nos ditam ordens e escrevem leis

Fardados nos vigiam com suas armas

Querem-nos obedientes e acomodados

Assim nos transformam em novos estúpidos

Para que toda essa estupidez seja prolongada

Não tenha fim

E como estúpidos defendemos tamanha estupidez.

REFLEXO

Olhei-me no espelho agora

Agora o reflexo me assusta

Vejo a minha frente um rosto calado

Um olhar fixado

Algo perdido no tempo

Neste tempo do agora que não passa

Um rosto carrancudo

Cansado

Lábios que tremem

Apertando o grito para que não saia

Acordando túmulos

Levantando corpos esquecidos

Poços vazios sem almas

Assustado com a visão

Atirei essa fria janela ao chão

Quebrando-o em vários pedaços

Mas mesmo assim continuo refém da culpa

Que por séculos consome-me o coração

Malditos sejam aqueles que me acusam

Hipócritas que se escondem nas sombras dos meus erros

Covardes que não assumem sua humanidade

Querendo a todo custo serem deuses

Desgraçados que castigam os miseráveis através da fome e da prepotência

Parasitas que transformaram o mundo naquilo que as suas religiões do medo

Chamam de inferno.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

INFERNO

A ESCURIDÃO NÃO PRECISA DA NOITE PARA ACONTECER

BASTA VOCÊ SE ENTREGAR

DEIXAR QUE O ÓDIO CONTAMINE SEU CORAÇÃO

QUE SEUS PRECONCEITOS TOMEM FORMA E ADQUIRAM NOMES

RAÇAS, RELIGIÕES, CORES E O QUE MAIS VOCÊ DETESTAR

CULPE OS OUTROS PELOS SEUS PROBLEMAS

FRACASSOS

A ESCURIDÃO PRECISA DE VOCÊ E DE SUA IGNORÂNCIA

PARA DOMINAR O MUNDO

PARE DE CULPAR OS DEMÔNIOS QUE ESTÃO EM SUA CABEÇA

O PODER QUE ELES TÊM É SEU

VOCÊ É O INFERNO ONDE A SUA ALMA QUEIMA

SUA MENTE INSANA É A RESPONSÁVEL PELO SEU PRÓPRIO SOFRIMENTO

A ESCURIDÃO ESTA EM VOCÊ

PORQUE VOCÊ QUER ASSIM

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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.
Thoth (Djehuty), deus das escrituras, guardião do Olho de Hórus, criador das palavras, escriba dos deuses e grande escritor do universo.

O Olho de Hórus, o que tudo e a todos vê.