"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron





quinta-feira, 29 de julho de 2010

INDO EMBORA


Indo embora


Caminho pelo silêncio atravessando a escuridão
Não sei o que vou encontrar
Minhas dúvidas não me deixam enxergar
Sigo firme pelo caminho que encontrei
Perdido por não saber bem o que fazer
No horizonte a luz continua distante
E pensamentos perturbadores disputam minha atenção
A areia do tempo escapa lentamente das minhas mãos
Enquanto segredos passados continuarão escondidos
E por mais que busquemos a verdade
Ela jamais será encontrada
Não temos a compreensão suficiente para ver o que sempre esteve a nossa frente
Nunca perceberemos o que os nossos corações já sabem
E a vida segue assim
Caminhando pelo silêncio atravessando a escuridão sempre infinita
Acreditando que lá no fim de tudo encontraremos a paz
Minhas pegadas vão ficando para traz
A criança cresceu e seus sonhos continuaram sonhos
Sonhos que se perderam e outros que a coragem não trouxe
Será sempre assim talvez
Enquanto as estrelas estiverem penduradas no céu
A noite poderá cantar aos quatro cantos da terra que seu brilho é eterno
Na primavera continuarão desabrochando as flores e no inverno o frio beijará nossos lábios
Até que tudo vire lembranças e o mundo se perca na escuridão
Nossa! O universo pode ser tão simples como as folhas secas pelo chão?
Sigo de cabeça baixa contando os passos levando a única certeza
Aos poucos estou indo embora deste mundo sabendo que ainda tenho muito chão a caminhar.

(ILUSTRAÇÃO DO GOOGLE.COM)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

SÓ TEM UM JEITO: REVOLTA


REVOLTA


Nessa vida só tem um jeito.
Respeito e dignidade não se ganham, se conquistam.
Porrada!

Chega de conversa fiada, de 171 e tudo mais,

O patrão fica mais rico à custa do suor do operário,
Sindicato vendido, gente alienada.
Porrada!

Os parasitas da política só prometem, mas não cumprem,
Se vendem e nos vendem também,
Com eles não muda nada.

Nessa vida, fica esperto, só tem um jeito,
Respeito e dignidade não se ganham de mãos beijadas, se conquistam na luta.
Porrada!

Nos dizem para sermos da paz enquanto nos violam todos os dias,
Nossos direitos só são deveres e os deveres deles são só direitos,
Igualdade uma porra, justiça o caralho!
Porrada!

terça-feira, 13 de julho de 2010

ELES NÃO QUEREM A PAZ


Eles não querem a paz


Seus templos estão cheios do sofrimento daqueles que se arrastam atrás dos ídolos de barro. Fanáticos e falsários manobram seus rebanhos de acordo com os seus interesses sagrados. A miséria é a fonte de suas riquezas e a ignorância mantém o seu poder por séculos sem fim. Eles não querem a paz!

Precisam dos pecados da humanidade e os castigos infligidos para justificarem a sua eterna luta contra o demônio e o terror. Sacerdotes do mal vigiam nossas consciências em busca de heresias, de dúvidas, de certezas. Preparam silenciosamente o mundo para o domínio do inferno. Com os seus sermões nos pedem orações para que nos entreguemos sem resistência às suas guerras santas. Eles não querem a paz!

Sinos batem e canhões disparam. Bombas são jogadas sobre inocentes. A fome devasta continentes e centenas de lugares. A morte espreita feliz enquanto o sangue derramado em seu louvor tinge de rubro as vestes dos seus sacerdotes. Sentados sobre os cadáveres dos cordeiros de ontem e de hoje brindam com assassinos de ideologias múltiplas e generais corruptos a riqueza acumulada. Eles não querem a paz!

Milhões marcham para o sacrifício cantando hinos para salvar suas almas. Armados disparam o seu ódio contra àqueles que ameaçam a fé e o deus que a tudo criou. Matam, pilham e violentam para saciar a besta que os controla. Lágrimas afogam a esperança e o medo distorce a realidade. Nos salões da hipocrisia demônios contam as almas que ardem nas chamas das profundezas. Gritos ecoam pela escuridão. Jovens são recrutados e enviados para os campos de batalha para enlouquecer. Eles não querem a paz!

Covardes e oportunistas se entregam sem lutar. Pedem clemência, se humilham para serem apenas mais vermes a nos sugar. Não questionam e na lama sangrenta fingem que está tudo bem. Trancados pelo egoísmo mantém a máquina moendo gente. Sentem orgulho de servir a interesses tão grandiosos. Em suas homenagens festas são realizadas e monumentos erigidos. Seus nomes e feitos ficam registrados nos livros de história. E nos pântanos longínquos cadáveres jazem esquecidos. Tudo de acordo com a vontade divina que protege esses homens de boa vontade. Eles não querem a paz!

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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.
Thoth (Djehuty), deus das escrituras, guardião do Olho de Hórus, criador das palavras, escriba dos deuses e grande escritor do universo.

O Olho de Hórus, o que tudo e a todos vê.