"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron





quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A MORTE E OS LIVROS NA ESTANTE

UMA FLEXÃO SOBRE A MORTE E OS LIVROS NA ESTANTE

Hoje, mais um dia. Às vezes me pego pensando nisto: A companhia da morte.  Muitos e muitas têm receio de refletir sobre este assunto. Existe desde que o homem se compreendeu separado da natureza, um receio quase que sagrado em falar da morte. Apenas o pronunciamento dessa palavra já tem gente que faz o sinal da cruz, torce o nariz e até mesmo que sai do recinto, do local.

Mas também existe de maneira subliminar certa adoração da morte. Podemos constatar isto ao vermos e até mesmo participarmos de celebrações em homenagem aos que já nos deixaram aos que se foram, os que a morte tirou de nós.  Até mesmo quanto mais fazemos de conta que ela não é assunto nosso, que jamais seremos tocados por ela, podemos sentir os seus olhos nos observando, seus passos nos seguindo, os seus sinais.

A morte já nasce conosco. De várias maneiras podemos ter o seu abraço, de forma natural por causa da idade avançada, acometidos por problemas de saúde, acidentados, assassinados e por fim, no caso onde o desespero fala mais alto que a razão e o medo da morte: o suicídio.

Olho para as estantes na sala contando cada livro que se encontra repousando, às vezes esquecido, sobre suas prateleiras. Livros que comprei com dedicado esforço. História Geral, filosofia, sociologia, comunicação, política, economia, ciência, tecnologia, religião, biografias, poesia, prosa, versos, romances, ficção cientifica, aventuras, mistério, psicologia, terror...


Para quem vou deixa-los?  

Aproveito para deixar aqui um poema meu intitulado de A Morte: Um Soneto Melancólico. Espero que curtam.

SONETO MELANCÓLICO
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxifAt3itE8WxtfBRqNG0RbgVmn-Y-fCmlGzNsYnbGxqeKYrypkqlIfGweDFJgvT6aHSpxu-x9DNCQFiODFmW9KbAujqaj8xWYlzMWzGnWpqPwUZEzw4sZhronJtokpv4gWv33grWLhdp9/s320/morte.jpg
A morte observa por cima do muro,
Ouvindo pensamentos através das paredes,
Do concreto, dos dias que passam e não voltam.

A morte observa,
As flores na primavera,
As folhas que caem no outono,
Os amores perdidos
E os sonhos dos adolescentes.

Ela aprisiona cada minuto que perdemos,
de nossas vidas, deixando de vive-las.
Ela, simplesmente, não consegue perdoar.

Ela deixa as suas marcas profundas nos que ficam.
A morte observa cada palavra, cada letra deste
soneto melancólico.

Observa calada o tempo passar e o encontro
dos ponteiros,
Leva os momentos felizes, marcando o ponto final
de nossas vidas,
O The End de nossos dramas cotidianos,
Tornando cinza o arco-íris...


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

É o fim (Cinzas do Inferno)




Cinzas do inferno

Olho ao redor
Fumaça gritos choros
Fogo caindo do céu
Chamas que atingem tudo
Queimando sonhos
Lágrimas inocentes
Corpos que ardem pelas ruas
Agora de nada vale a sua riqueza
Sua arrogância
O fogo vai transformar todos em cinzas
Nada mais importa
Nenhum poder pode salvar o mundo
É o fim       
Fogo caindo do céu
O inferno abre as suas portas






segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

NÃO ADIANTA FUGIR


Você me chamou, lembra?

Não preciso bater em sua porta para entrar
Há muito tempo que já estou dentro de você
Lembra quando veio desesperada atrás de mim
Com o coração cheio de ódio
Magoada querendo vingança
Fazendo promessas de fidelidade eterna
Entregando a alma numa bandeja
Pedindo para acabar  com a dor
Não adianta tentar se esconder ou fugir
Eu já estou dentro de você
Me aproveitando do calor do seu corpo
Saciando meus desejos com o frescor de sua carne
Na encruzilhada da sua vida as velas do desespero continuam
Queimando
Nenhum arrependimento pode nos separar
Você aceitou minhas condições fazendo planos para o futuro
Foi você quem quis assim vindo a mim na escuridão
Implorou se humilhando
Pelo sabor do beijo
O beijo que selou o seu destino
Portas fechadas, orações e crucifixos não podem lhe proteger
Nada mais pode ser feito para evitar
Você me chamou, lembra?





* Primeiro poema de 2013 escrito na noite da segunda-feira 07/01/2012.

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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

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