sexta-feira, 25 de novembro de 2011
CARNAVAL
Carne
Sangue
Suor
Carne
Boca
Fome
Fome
Boca
Desejo
Desejo
De carne
Carne
Carnívoros
Canibais
Carnais
Corpos
Vermes
Animais
Carne gorda
Magra
Minha carne
Sua
Nossa
Carne que arrepia
Que controla a mente
Carne que nos deixa doente
Carne comendo carne
Carnaval
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
CANIBALISMO
Da face os olhos
Da tua boca a língua
O pescoço
No peito morder-te os seios
Do corpo
Arrancar a carne que segura tuas entranhas
Rasgar sem pudor a gordura e as tripas
Cravar meus dentes em tuas nádegas
Comer-te fartamente
Roer e chupar teus ossos
Saciar- me com teu gosto
Sentir-te apenas
Ter-te em minha boca
Sabendo que agora és
Não mais tu
Mas eternamente parte de mim
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
PASSOS NA ESCURIDÃO
Vejo o corredor a minha frente
Um caminho cheio de penumbra
Um perfume estranho avança pelo ar
Sigo sem olhar para trás
Em cada lado uma porta fechada
Conformo ando a escuridão vai me abraçando
Já não há mais luz
Apenas frio e medo agora
Atrás de mim nada além de lembranças
Meu coração quer sair do peito
Fugir e me deixar
Quero parar e dar meia volta
Mas uma força me puxa
Sinto mãos que me seguram
Ouço vozes que sussurram
E a apesar dessa solidão sei que não estou sozinho
Pensamentos tomam conta de mim
O que estou fazendo aqui perdido neste mundo?
Avanço seguindo em frente
Tateando pela escuridão
Arrastado pelo desconhecido
Levado sem que possa resistir
Guiado pelo doce perfume trazido pela brisa
Mesmo sem enxergar
Apesar das dúvidas que sempre tive
E das loucuras que fiz
Tudo tem uma razão para acontecer
Nada é por acaso
Lembranças que vão ficando para trás
Quando essas trevas acabarem
Tenho certeza que encontrarei
A razão porque agora estou aqui
Gritando o seu nome
Chamando por você
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
MUNDO CAOS
Vou contar como é o meu mundo
Agora vocês vão sentir
Conhecer o que se passa na escuridão
Nos cantos abandonados pela luz
O cheiro da morte esta sempre no ar
Não há paz para as almas que sofrem
E nem pode haver
Porque aqui não há esperança
Venham comigo
Andem pelos campos da morte
Corpos em decomposição por toda parte
Desespero em cada passo
Corações corroídos pelo ódio
Aqui reina apenas o egoísmo
E o desejo de destruição
Caos descontrolado
A dor que brota das feridas abertas
E o sangue que escorre
Aqui é o paraíso
De todo o mal que habita seus corações
O mundo que todos vocês criaram
Império que jamais ruirá
O lugar que todos vocês podem chamar de lar
Não há saída
Não há perdão
Apenas escuridão
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Ei!
Olhe bem para mim
Veja o estado em que me encontro agora
Olhe bem em meus olhos
Veja o que tem feito comigo
Sinta o meu coração
Sinta o meu corpo que treme sem parar
Tudo o que eu tinha agora já não importa mais
Nem as maravilhas desse mundo cinzento
Minha cabeça dói
Tenho vontade de gritar
De fazer com que você preste atenção
Ouça, por favor
Não vá embora me deixando aqui
Não peço que tenha piedade
Só quero que olhe para mim
Sem dizer nada
Nem mesmo me tocar
Apenas olhe
Veja as feridas abertas
A dor que me rasga
E o desejo que não me larga
Por que tudo tem que ser desse jeito?
Distância e medo
Escuridão
Ei!
Olhe para mim.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Hay Kay
Nada mais a dizer
Porque o silêncio pode dizer
Tudo e um pouco mais
Nada mais a falar
Porque as palavras repetidas
Acabam se perdendo
No ar
domingo, 31 de julho de 2011
A CURA
Sejam bem vindos
Minhas maldades esperam por vocês
Tenho imaginado todo o tipo de sofrimento
Não vejo a hora de começarmos
Prometo que sentirão muita dor
Assim que as portas se fecharem
Libertem seus medos
Soltem seus desejos
Rendam-se a loucura destes tempos modernos
Entreguem-me seus corpos
Suas almas
O prazer que o sangue desperta
Nos levará ao paraíso
Gritem o quanto quiserem
Ninguém poderá ouvir
E se ouvirem nada irão fazer
Neste mundo é cada um por si
E todos contra todos
Nem mesmo seu deus virá
Ele está ocupado demais caçando vadias
Para o seu próprio divertimento sagrado
Meu corpo já treme de tanta excitação
Ouçam como bate o meu coração
Imaginem o que podemos fazer
Depois desta noite nada mais será como antes
E a vida miserável de vocês terá tido algum sentido
Ao menos para mim
Olhem bem e vejam como a loucura
É a salvação da normalidade
O remédio que nos cura
Sejam bem vindos
Venham sentir a liberdade...
domingo, 17 de julho de 2011
NÃO HÁ MAL QUE DURE PARA SEMPRE.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
COVARDIA
Eu quero dizer abertamente o que sinto
O que vai dentro do meu coração
Mas infelizmente tenho medo
E esse medo me faz prisioneiro
Dos fantasmas que me assombram
Sou um covarde
Escondido entre as palavras
Que lhe sussurro aos ouvidos
Um covarde que não merece o seu amor.
domingo, 26 de junho de 2011
HOLOCAUSTO
Holocausto
Judeu
Negro
Latino
Asíatico
Indígena
Branco
Amarelo
Árabe
Mestiço
Masculino
Feminino
Palestino
Nosso
sexta-feira, 17 de junho de 2011
EU PODERIA DIZER TANTAS COISAS
Eu poderia dizer que tudo esta bem
Que o mundo é um paraíso azul
Flutuando na imensidão do universo
Eu poderia dizer tantas coisas
Mas não posso
Não posso mentir
Tentar me enganar
Enganar você
Eu poderia largar tudo agora
Fugir e buscar um lugar para me esconder
Um lugar seguro longe do medo
Mas não posso
Não existem mais lugares seguros neste mundo
Alias neste mundo tudo o que era bom parece ter morrido
As lembranças de nossa juventude ficaram amareladas pelo tempo
E os nossos sonhos foram destruídos
O que nos deixaram foram dias cinzentos
Lágrimas e feridas que não cicatrizam
Corações machucados
Mentes vazias
Nem mesmo o sol é mais o mesmo
E o frio parece congelar nossas almas
As flores perderam um pouco da antiga magia
Sinto muito
Eu poderia fingir que esta tudo bem
Que essa dor que todos nós sentimos logo vai passar
E que um arco íris vai aparecer lá no final da cachoeira
Onde as águas continuam a se jogar
Agora águas sem vida
Esta nossa vida poluída
Eu poderia tentar ser forte
Abraçar você
E olhar profundamente em seus olhos
Mas infelizmente não posso
Tenho medo
Medo de abrir meu coração
De me expor
Porque aquela criança que carrego comigo
Ainda chora assustada
O que fizeram conosco?
Por que tudo tem que acabar dessa maneira?
Arvores que não dão mais frutos
Corações que não amam mais
Eu poderia ser mais um falso
Seguir os passos deles
Mas não posso
Simplesmente não posso deixar que me levem com eles
Que me transformem no que eles se transformaram
No que foram transformados
Talvez tudo pudesse ter sido diferente
Mas simplesmente não posso deixar que me levem
Que acabem com o pouco de humanidade que ainda há em mim
Sinto que apesar de tudo e de todos
Devo ficar e resistir
Eu já tomei a minha decisão
Qual será a sua?
MENTIRAS E NADA MAIS
Meus pensamentos voam
Distantes para longe daqui
Do agora que parece jamais ter fim
A dor que carrego
Cresce me comendo por dentro
Mesmo acompanhado sinto-me só
Ao redor as mesmas coisas de sempre
Os mesmos canalhas com seus jogos de poder
As mesmas prostitutas chamando por atenção
Apesar dos rostos diferentes
Continuam iguais como sempre foram
Seres superficiais
Nascidos para perpetuar ilusões
Homens e mulheres
Pedaços de carne
Almas vazias que vagam perdidas
Sempre fugindo da luz
Buscando o prazer na escuridão
Escondendo o medo que os castigam
E a solidão que reina em seus corações
Infelizes fingem uma felicidade que não existe
E assim seguem vivendo o que acreditam ser a vida
A realidade mesquinha que reproduzem
O amor que não conhecem
Suas máscaras
Mentiras e nada mais
(imagem do Google.com)
domingo, 12 de junho de 2011
BONS CIDADÃOS
Cobrindo com o seu manto
A razão
Liberta os montros que vagam pelas sombras
Seres sem alma que devoram nossos sonhos
Que se alimentam do medo que temos de reagir
Estão por toda a parte
Esperando uma chance para sugar nosso sangue
Eles nos seguem por toda a vida
Escondem-se atrás dos sorrisos forçados
Dos falsos elogios,
Das mentiras e das promessas de paraíso
O que mais assusta é a beleza de suas aparências
O sentimento de segurança que suas vozes emanam
Pelo brilho dos seus olhos a morte nos observa radiante
E como um rebanho de cordeiros seguimos suas ordens
Marchamos vestindo seus uniformes com os símbolos de nossa submissão
Empunhando suas armas para assassinar e estuprar
Em suas guerras pelo controle total
Nossas mentes estão tomadas por suas verdades
Suas drogas correm em nossas veias
E por onde passamos deixamos rastros de sangue e dor
Nos altares do medo acendemos velas
Fazemos orações na íntima esperança de sermos perdoados
Nossas mãos manchadas de crimes
Nossas almas perdidas para sempre
E quando chegar a hora
Para receber a todos nós
Os bons cidadãos que não questionam
sábado, 28 de maio de 2011
UM SONETO DE MARINHEIROS E DE ALMAS PERDIDAS
Tempestade no mar
O navio balança sobre os ombros do oceano
As ondas revoltosas expulsam a calmaria
E o vento sopra o seu nervosismo
Despertando a fúria do mar
No céu a tempestade cega o dia
Nos corações cresce o medo e orações ecoam
Marinheiros correm em todas as direções do seu pequeno mundo
Assustados esperam pelo fim
As águas criam vida e se levantam as alturas
Subindo e caindo
Raios e trovões transformam o medo em desespero
O capitão grita com seus marujos
Enquanto o céu desaba sobre nós
As velas são rasgadas pela fúria do vendaval
O mastro principal é arrancado jogado para fora da embarcação
Homens caem ao mar
Sem controle rogamos por salvação
Mas nada pode deter o poder das águas
Que querem nos engolir
O casco começa a rachar e a esperança se desfaz
Corpos são atirados contra as rochas que surgem do fundo do mar
Netuno e Posseidon sem piedade
Mostram todo o seu orgulho desumano
Levando em suas mãos as almas dos pobres marinheiros
No timão o capitão tenta o impossível
Calípso e a morte riem da sua maldição
As ondas vêm e vão
Num ataque frenético e constante
Levando com elas o que sobrou da velha embarcação
De repente tudo acaba e o silêncio toma conta do oceano
E no fundo do mar os cadáveres e os sonhos dos homens
Agora jazem enterrados e serão esquecidos
quinta-feira, 26 de maio de 2011
CONVERSANDO DE PERTINHO
O que pode ser pior que uma ilusão? Bem, eu acredito que não pode existir nada mais duro, difícil de agüentar, dolorido e nos dá um tremendo chega pra lá que a desilusão. É o mesmo que um soco bem na boca do estomago da gente. Posso estar enganado, mas a desilusão é foda no pior sentido da palavra. Um cara iludido não consegue enxergar a realidade ao seu redor. Não percebe o quanto o que ele acreditar ser real não passa de uma fantasia, um deixar-se levar pelos outros. E aí, derepente pimba! Cai o mundo na cabeça do cara. É o mesmo que se atirar de um abismo.
Enquanto ouço Hotel Califórnia, do Eagles (os que curtem um bom rock and roll conhecem) fico refletindo sobre isso. Não, a música não tem nada a haver com esta minha viagem filosófica de quem já perdeu as contas de quantas vezes a desilusão lhe deu um tapa na cara. É, chego a pensar que a realidade mesmo é feita quase que de 50% de ilusão e o restante você escolhe.
Voltemos ao assunto do qual estávamos falando (vamos dizer assim). Também conheço muita gente que já foi atropelado pela carreta da desilusão. Hoje os caras estão meio que conformados com as coisas. Não reagem ou não querem reagir. Transformaram-se em pessoas amargas e frias. Nossa! Será que isso também aconteceu comigo?
Discorrendo sobre uma coisa acabei esbarrando noutra. E vou te dizer que isso me deixou incomodado. Imagine você numa situação dessas. Bom, por enquanto vamos deixar esse negócio pra lá e continuemos onde estávamos.
A desilusão é aquele remédio amargo que temos que tomar na vida para acordarmos e mudarmos a realidade, deixarmos de sonhar acordados e partirmos para cima do bicho, pega-lo pelo chifre e derruba-lo no chão. Isto até pareceu coisa de rodeio de boiadeiros. Falando sério. Eu acredito que a desilusão seja isto. A outra cara dessa mesma moeda quase enferrujada e gasta pelo tempo chamada vida. Poético não é mesmo? E não tinha como ser de outra maneira porque viver é uma tremenda obra poética. Sonhos, mitos, medos, ilusões, alegrias, tristezas, ódio, rancor, vingança, paixões, amores, coragem, covardia, traições, verdades, mentiras e aventura.
Vou ter que encerrar por aqui porque tem gente no portão. Até a próxima conversa.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
BOMBARDEIOS DOS DEMÔNIOS DO NORTE
Bombardeios
De repente soa o alarme
Pânico
Os caças sobrevoam nossas
Cabeças
Dos seus assentos
Os pilotos disparam a
Morte
Mísseis destroem sonhos
Sangue por todos os lados
Sangue por toda parte
Gritos e desespero
Corpos espalhados
Em pedaços
Os caças vêm e voltam
Dando rasantes
Despejando suas malditas ordens
Crianças aterrorizadas
Mães sacrificadas
Bombardeios que não param
Queimando nossas almas
Num tormento infernal
Demônios do norte
Senhores do mal
Caças assassinos
Anunciam o fim de tudo
O caos no mundo
Que a cobiça deles aqui
chegou
(IMAGEM DO GOOGLE.COM)
segunda-feira, 2 de maio de 2011
INVERNO
O frio chegou
Apesar das pessoas
Estarem
Geladas por dentro
Há muito tempo
Elas passam seus dias
Trancadas em seus
Invernos particulares
Fechadas
Para o mundo e para
A vida
Muitas morrem
Sem jamais
Terem vivido
Sentido o calor
Que nos une
Passam por aqui
E não deixam saudade
Apodrecem em seus túmulos
Esquecidas
Seus corpos deformados
Decompõem-se na escuridão
Levada com eles
Nunca observaram
O nascer do sol
Nem mesmo olharam as estrelas
Faiscando nas noites
E a lua para essa gente
É apenas um satélite
Cheio de crateras
E nada mais
quinta-feira, 7 de abril de 2011
LEMBRANÇAS E FRUSTRAÇÕES
Naquele momento nada mais poderia ser dito
Que o tempo já não tivesse de alguma forma insinuado
Olhares tentaram cada um a sua maneira
Penetrar nos pensamentos que queriam se transformar em atos
Mas que o medo cheio de coragem reprimia
O calor tomou conta do mundo
E nas faces enrubescidas pequenos gotas brotavam
Denunciando o que já era percebido
Corações descontrolados tentavam manter a calma
E a secura tomava conta dos lábios trêmulos
Enquanto pequenos movimentos guiavam as mãos ofegantes
Assim foi naquele dia
Quando o menino ainda mal se conhecia
Deixando a sua primeira paixão ir-se embora
Perdendo-a com a brisa que levemente partia
Agora somente algumas lembranças
De um beijo que jamais provou
Do desejo inocente
Não realizado
Que a vida transformou em frustração
sábado, 19 de março de 2011
E ASSIM SEGUE O MUNDO...
E assim segue o mundo
Não adianta
Você nunca vai saber
O que se passa em minha
Cabeça
Sei coisas que você nem imaginaria
A vida não é só o que você
Pensa saber
Até mesmo na luz
Habitam demônios
Anjos do mal
Monstros que nos vigiam
Por trás dos sorrisos sedutores
A morte observa
Sobre quais de nós ela lançará
Seu olhar
E aí não vai adiantar implorar
Chorar e nem mesmo rezar
Esperando por um milagre
Do céu
A realidade é assim
Mas você nunca vai entender
Porque não quer sentir dor
Porque quer apenas ser feliz
(Imagem do Google.com)
terça-feira, 8 de março de 2011
SEM O SOL
Um dia ele vai se apagar
E toda a luz irá sumir
Anunciando que o tempo da escuridão chegou
Você poderá não estar mais por aqui
Mas eu sei que vai estar
Quando esse dia chegar
Não só as trevas virão com ele
A morte se fará presente
Sorrindo despudoradamente
Trazendo o desespero como companhia
Será o fim de tudo então
Mesmo sabendo disso
Não podemos deixar de buscar pela luz
De combater sem cessar as forças da escuridão
De viver com dignidade como tem que ser
Porque se não agirmos assim
De que vale a pena viver?
Quando o fim chegar estaremos prontos para ele.
(imagens do Google.com)
segunda-feira, 7 de março de 2011
BANDA MOBY DICK, DE APUCARANA (PR)
Banda Mody Dick, de Apucarana (PR), tocam rock and roll do melhor.
ENSAIO DA BANDA ESPÉRION, DE APUCARANA (PR) - MÚSICA BLOOD OF SOULS
Este clip é do ensaio da Banda de Black Metal Espérion, da cidade de Apucarana (PR). Estou dando uma força para eles. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela banda eles continuam firmes tentando fazer o que mais gostam: rock and roll.
Vejam também o clip Cristian Fallen Angel da banda no YouTube.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
O PODER DO ROCK AND ROLL
Quando ouço rock and roll
É como passear no céu
Deixar de ser apenas mais um mortal
Não imagino a minha vida sem rock and roll
O seu poder vai além da música
Suas notas entram em minhas veias
Abrem as portas da imaginação
O rock me faz enxergar na escuridão
Até consigo voar livre por aí
Esse é o poder do rock and roll
Quem não gosta de rock and roll
Não pode entender o que estou dizendo
Eu viajo ao som do bom e velho
Rock and roll
Na foto: Rui Amaro Gil Marques (eu).
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
De Que Adianta Chorar?
Lágrimas não vão mudar a sua vida
Tente pensar
Isso não vai lhe fazer mal
Acorde e olhe ao redor
Não estamos perdidos se levantarmos a cabeça
E encararmos todos os desafios
Nosso sangue pode ser derramado
Eu sei
Todos nós sabemos
É o preço da liberdade
Não podemos continuar esperando por um milagre do céu
Que transforme o mundo num paraíso
Discursos já perderam o sentido
Palavras nada podem fazer
A responsabilidade é nossa e de mais ninguém
Revolução!
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Desperato
Alguém em algum lugar
Perdido diante da escuridão
Procura em si mesmo alguma razão
Seus medos o impedem de continuar
A solidão pressiona sua mente
Cansado de tudo não quer mais viver
O pesadelo não vai acabar
Suas preces ninguém vai ouvir
Dentro do seu peito o ódio aperta o coração
Lágrimas inundam o seu olhar
Enquanto tenta encontrar um pouco de coragem
Para gritar
Lembrando de antigas histórias
E canções de ninar
Aquela criança que não existe mais
Atormentado agora só quer morrer
Prostrado diante do universo clama em silêncio
Pelo perdão que jamais vai ter
A verdade é apenas um detalhe
Que não importa mais
Ofegante pragueja contra aqueles que o abandonaram
Seu suor escorre pelo corpo trêmulo refém de toda a dor
Sorrindo a morte aguarda pela hora final
E do outro lado do mundo
Os hipócritas e suas prostitutas dançam sobre a miséria
Que criaram.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
LIBERTEM A POETA ANGYE GAONA!
Está presa a poeta e jornalista Angye Gaona. O Estado colombiano quer calá-la para manter a obscuridade genocida. Angye Gaona, poetisa e comunicadora, foi presa por pensar. O fato só reafirma que a Colômbia é um país em que o Estado converteu o ato de pensar em crime.
Angye Gaona é uma mulher criativa e comprometida socialmente, sempre ativa no desenvolvimento e fomento da cultura. Fez parte do comitê organizador do conhecido Festival Internacional de Poesia de Medellín, cuja qualidade é reflexo do trabalho e dos sonhos tecidos entre os povos.
Se faz urgente a mobilização internacional por sua libertação e, também, pela apuração de denúncias de que o Estado colombiano mantém encarceradas mais de 7.500 pessoas pelo "delito de opinião". Estamos ante uma verdadeira ditadura camuflada!
A situação é insuportável: cada dia detém, assassinam ou desaparecem com um opositor político, estudante, sindicalista, sociólogo, camponês... A repressão exercida pelo Estado colombiano contra o povo, com o objetivo de calar suas reivindicações sociais, é brutal. É preciso que o mundo se mobilize em solidariedade! É necessário que o mundo conheça esta realidade e entenda que suas dimensões ultrapassam todo o Universo!
POEMAS DE ANGYE GAONA
CUANDO LA GUERRA
Vas a mañana o a morir
Eunice Odio
No provoques al león
que reposa en su campo.
¿Qué podría implicarte
su gesto lento,
su verdad calma?
Si no puedes resistir esa,
tu inclinación de más,
y buscas un león que sirva
su propia cabeza en tu mesa
y sólo un par de garras,
las tuyas,
admites en tierra,
nada podrá guarecerte de esa,
tu intención de más,
y alguna trampa,
algún águila mecánica traerás
para cazar al león.
Reina el león
aunque lo enjaules
y lo lleves lejos de sí
a rugir a tus circos,
a esconder sus garras en tus fábricas,
a desatar la ira de las bestias del Sol
que atesoras en las bóvedas.
Reina el león y reina la espada,
único arbusto que crece silvestre
en las tierras del león,
que no te será dado exterminar
aun si ordenases manar fuego
a tu garganta.
HERMANO MAYOR
A las naciones indígenas de América
A danzar viene el Sol a la piel,
dorada por Dios.
A danzar,
tañen los dientes de oro,
brincan los suelos
en las uñas del toro.
Corre por los caminos,
por las arterias.
Sangre viva,
sangre del cuerpo pasado.
Acoge mi sangre;
entra a circular por tu nombre.
Soy una mezcla,
soy un pan,
soy mestizo.
Tus antepasados y tus hijos
lanzan piedras contra mí.
Al alcanzarme las piedras
se unen a mi cuerpo,
se convierten en panes.
Toma este pan,
toma esta vida,
toma la Tierra
que es tuya.
Tierra donde parieron todas nuestras madres,
donde vivos bebemos leche de la estrella.
A danzar, viene el Sol
con tus dientes de oro.
Brinca en la piel que llevas
dorada por los dioses.
Toma esta sangre;
es lo que sé sagrado
para un pacto.
Sangre antigua es.
Viene de dos ríos,
dos corrientes,
quizá tres o cuatro afluentes.
Es un río silencioso,
espera su hora para bramar.
La hora cuando se junten los ríos,
a cielo abierto bajo el Sol,
en secreto ánimo de danzar
y ser uno con los dioses,
en un pacto alto
que se llame Tierra,
que se llama Madre,
que nos llame hermanos.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
SANGRIA
O sangue esparramado
O sangue que se esparrama
A mancha de sangue que não sai
O sangue que sempre mancha
As mãos sujas de sangue
Das mãos que não podem se defender
Gotas de sangue
Que brotam das feridas que sangram sem parar
O cheiro de sangue contaminando o ar
O ar carregado do sangue das carnificinas que não param de acontecer
Aqui, ali e em toda parte
O sangue sempre a escorrer
POR QUÊ?
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