
O gato preto
Pelo quintal corre o animal,
Brincando com o camundongo quase morto,
Mia e pula o bichano,
Apertando e mordendo o pequeno corpo,
O gato preto
Dos olhos amarelos,
Muita coisa se diz,
Porta voz do azar,
Símbolo do mal,
Bicho de estimação das bruxas,
Encarnação do demo,
No passado, pela Inquisição,
Jogado às fogueiras com os hereges
E inimigos da "fé" e da "religião",
Hoje, livre dos castigos,
Vive saltando do chão,
Para o beiral da janela,
Fica ronronando observando a rua,
Numa pose sempre bela.
O gato preto,
Ao fim da tarde,
Lambe os beiços,
Limpando os pelos,
Adormece sobre o tapete.
Com fome anda pela casa miando para chamar minha atenção,
Sem se incomodar com toda essa superstição.
Fui procurar uma foto de gato pretto para colocar no meu blog , achei teu blog, esse ótimo texto e a foto. Obrigado. Tá adicionado.
ResponderExcluirUma especie de terror e ternura que brincam na gente enquanto o poema acontece.
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