"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron





segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SUBMISSOS EM TODA PARTE


Ajoelhado à beira do caminho

Vou contar uma história
Tenho certeza que vocês não vão acreditar
Porque parece loucura
Coisa de quem fica viajando acordado
Eu vi naquela tarde ao final do dia
O homem estava ajoelhado perante uma árvore
Ajoelhado perante uma árvore
Árvore velha à beira da estrada
Um homem ajoelhado à beira da estrada
Num final de dia assim quando vai chegando a lua
Oi ieeeieieieieie
Parei na frente daquele homem e sua árvore
Vendo e mesmo assim não acreditando
O homem ajoelhado à minha frente
Prostrado perante uma árvore velha centenária
Ei cara o que você faz aí?
Já não chega nos ajoelharmos para o dinheiro?
Nos ajoelharmos para os problemas da vida ?
Todos estão sempre de joelhos para alguma coisa
Para alguém
Porque se ajoelha para uma árvore velha?
Qual é o seu problema?
Chega de nos ajoelharmos para tudo e para todos!
Chega de sermos bonzinhos
Ajoelhados em toda parte
Cordeirinhos no paraíso
Vou contar toda essa história
Porque na frente de uma árvore velha
Tinha um homem ajoelhado
Submisso à beira do caminho
Foi o que eu vi num final de tarde
Daqueles em que a lua já vem chegando

Rui Amaro Gil Marques – 06/08/2012 num final de tarde.




Dedico este poema a todos e a todas que se recusam a ficar de joelhos perante alguém ou alguns. É para aqueles e aquelas que compreendem bem qual a nossa missão nesta vida. Que somente a luta diária, constante, faz avançar o mundo e a humanidade, quebrando assim velhos paradigmas, desfazendo ilusões, derrubando mitos e destronando os senhores, criminosos que vivem as nossas custas, que nos roubam, enganam, oprimem, violam e violentam com a sua exploração.  É para antigos camaradas que continuam na luta, ao nosso lado e também para os que vêm chegando. Com admiração e respeito. 

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