MORRER TODOS OS DIAS
olho para o céu nem sempre azul
tempestades vem e vão
estradas distantes
e o horizonte ali na ponta dos dedos
vidas vazias amores perdidos
gritos de angústia
morrer um pouco todos os dias
ninguém mais liga para a sua dor
ninguém quer saber
estão todos ocupados fingindo
fingindo ser o que não tem
o amor perdeu o gosto
esquecido numa caixa qualquer
nas esquinas das desilusões
apenas mentiras e frustrações
sorrisos forçados peitos de plástico
nada é mais o que parece ser
por isso vamos beber encher a cara
para lembrar dos cacos que deixamos
das vidas que não temos
olhar no espelho e ver
que morremos tanto no sul
quanto no norte
morremos um pouco todos
os dias
eu e você apenas cadáveres
que andam por ai
tempestades vem e vão
estradas distantes
e o horizonte ali na ponta dos dedos
vidas vazias amores perdidos
gritos de angústia
morrer um pouco todos os dias
ninguém mais liga para a sua dor
ninguém quer saber
estão todos ocupados fingindo
fingindo ser o que não tem
o amor perdeu o gosto
esquecido numa caixa qualquer
nas esquinas das desilusões
apenas mentiras e frustrações
sorrisos forçados peitos de plástico
nada é mais o que parece ser
por isso vamos beber encher a cara
para lembrar dos cacos que deixamos
das vidas que não temos
olhar no espelho e ver
que morremos tanto no sul
quanto no norte
morremos um pouco todos
os dias
eu e você apenas cadáveres
que andam por ai
Autor Rui Amaro Gil Marques