"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron





sábado, 28 de maio de 2011

UM SONETO DE MARINHEIROS E DE ALMAS PERDIDAS



Tempestade no mar


O navio balança sobre os ombros do oceano
As ondas revoltosas expulsam a calmaria
E o vento sopra o seu nervosismo
Despertando a fúria do mar
No céu a tempestade cega o dia
Nos corações cresce o medo e orações ecoam
Marinheiros correm em todas as direções do seu pequeno mundo
Assustados esperam pelo fim
As águas criam vida e se levantam as alturas
Subindo e caindo
Raios e trovões transformam o medo em desespero
O capitão grita com seus marujos
Enquanto o céu desaba sobre nós
As velas são rasgadas pela fúria do vendaval
O mastro principal é arrancado jogado para fora da embarcação
Homens caem ao mar
Sem controle rogamos por salvação
Mas nada pode deter o poder das águas
Que querem nos engolir
O casco começa a rachar e a esperança se desfaz
Corpos são atirados contra as rochas que surgem do fundo do mar
Netuno e Posseidon sem piedade
Mostram todo o seu orgulho desumano
Levando em suas mãos as almas dos pobres marinheiros
No timão o capitão tenta o impossível
Calípso e a morte riem da sua maldição
As ondas vêm e vão
Num ataque frenético e constante
Levando com elas o que sobrou da velha embarcação
De repente tudo acaba e o silêncio toma conta do oceano
E no fundo do mar os cadáveres e os sonhos dos homens
Agora jazem enterrados e serão esquecidos
Nas rochas sereias cantam louvando mais um dia de destruição
Nos corações dos sobreviventes feridas que jamais cicatrizarão


quinta-feira, 26 de maio de 2011

CONVERSANDO DE PERTINHO






Desilusão: existe algo pior?

O que pode ser pior que uma ilusão? Bem, eu acredito que não pode existir nada mais duro, difícil de agüentar, dolorido e nos dá um tremendo chega pra lá que a desilusão. É o mesmo que um soco bem na boca do estomago da gente. Posso estar enganado, mas a desilusão é foda no pior sentido da palavra. Um cara iludido não consegue enxergar a realidade ao seu redor. Não percebe o quanto o que ele acreditar ser real não passa de uma fantasia, um deixar-se levar pelos outros. E aí, derepente pimba! Cai o mundo na cabeça do cara. É o mesmo que se atirar de um abismo.

Enquanto ouço Hotel Califórnia, do Eagles (os que curtem um bom rock and roll conhecem) fico refletindo sobre isso. Não, a música não tem nada a haver com esta minha viagem filosófica de quem já perdeu as contas de quantas vezes a desilusão lhe deu um tapa na cara. É, chego a pensar que a realidade mesmo é feita quase que de 50% de ilusão e o restante você escolhe.

Voltemos ao assunto do qual estávamos falando (vamos dizer assim). Também conheço muita gente que já foi atropelado pela carreta da desilusão. Hoje os caras estão meio que conformados com as coisas. Não reagem ou não querem reagir. Transformaram-se em pessoas amargas e frias. Nossa! Será que isso também aconteceu comigo?

Discorrendo sobre uma coisa acabei esbarrando noutra. E vou te dizer que isso me deixou incomodado. Imagine você numa situação dessas. Bom, por enquanto vamos deixar esse negócio pra lá e continuemos onde estávamos.

A desilusão é aquele remédio amargo que temos que tomar na vida para acordarmos e mudarmos a realidade, deixarmos de sonhar acordados e partirmos para cima do bicho, pega-lo pelo chifre e derruba-lo no chão. Isto até pareceu coisa de rodeio de boiadeiros. Falando sério. Eu acredito que a desilusão seja isto. A outra cara dessa mesma moeda quase enferrujada e gasta pelo tempo chamada vida. Poético não é mesmo? E não tinha como ser de outra maneira porque viver é uma tremenda obra poética. Sonhos, mitos, medos, ilusões, alegrias, tristezas, ódio, rancor, vingança, paixões, amores, coragem, covardia, traições, verdades, mentiras e aventura.


Saca só uma coisa, se é assim a desilusão não pode ser algo tão ruim. Dói, mas passa. Pode demorar, mas passa. Diga-me se estou enganado.

Vou ter que encerrar por aqui porque tem gente no portão. Até a próxima conversa.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

BOMBARDEIOS DOS DEMÔNIOS DO NORTE



Bombardeios

De repente soa o alarme
Pânico
Os caças sobrevoam nossas
Cabeças
Dos seus assentos
Os pilotos disparam a
Morte
Mísseis destroem sonhos
Sangue por todos os lados
Sangue por toda parte
Gritos e desespero
Corpos espalhados
Em pedaços
Os caças vêm e voltam
Dando rasantes
Despejando suas malditas ordens
Crianças aterrorizadas
Mães sacrificadas
Bombardeios que não param
Queimando nossas almas
Num tormento infernal
Demônios do norte
Senhores do mal
Caças assassinos
Anunciam o fim de tudo
O caos no mundo
Que a cobiça deles aqui
chegou



(IMAGEM DO GOOGLE.COM)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

INVERNO

INVERNO


O frio chegou
Apesar das pessoas
Estarem
Geladas por dentro
Há muito tempo

Elas passam seus dias
Trancadas em seus
Invernos particulares
Fechadas
Para o mundo e para
A vida

Muitas morrem
Sem jamais
Terem vivido
Sentido o calor
Que nos une

Passam por aqui
E não deixam saudade
Apodrecem em seus túmulos
Esquecidas

Seus corpos deformados
Decompõem-se na escuridão
Levada com eles

Nunca observaram
O nascer do sol
Nem mesmo olharam as estrelas
Faiscando nas noites
E a lua para essa gente
É apenas um satélite
Cheio de crateras
E nada mais

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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

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