COLHENDO ALGODÃO MINHAS MÃOS CHORAM
o sol forte no céu
queimando tudo aqui em baixo
minhas costas meus sonhos que se vão
para todos os lados o branco do algodão
terras e mais terras cobertas
horas que não passam
colhendo algodão minhas mãos choram
sangue escorrendo em segredo
essa dor que mastiga a alma
vontade de gritar essa agonia
nessa solidão coletiva sofremos o silêncio
a riqueza de uns nossa eterna desgraça
mães separadas dos filhos
suor misturado as lágrimas
lágrimas que ninguém vê
meus sonhos que se vão
nossos sonhos morrendo aos poucos
queimados aqui em baixo
colhendo algodão minhas
nossas mãos choram em silêncio
nos perdemos uns dos outros
colhendo algodão somos enterrados
um pouco todos os dias
o sol forte lá no céu
deitado sobre nossas covas sem nome
e assim a vida segue
essa dor que mastiga a alma
algodão por todo o lugar
algodão e nada mais
queimando tudo aqui em baixo
minhas costas meus sonhos que se vão
para todos os lados o branco do algodão
terras e mais terras cobertas
horas que não passam
colhendo algodão minhas mãos choram
sangue escorrendo em segredo
essa dor que mastiga a alma
vontade de gritar essa agonia
nessa solidão coletiva sofremos o silêncio
a riqueza de uns nossa eterna desgraça
mães separadas dos filhos
suor misturado as lágrimas
lágrimas que ninguém vê
meus sonhos que se vão
nossos sonhos morrendo aos poucos
queimados aqui em baixo
colhendo algodão minhas
nossas mãos choram em silêncio
nos perdemos uns dos outros
colhendo algodão somos enterrados
um pouco todos os dias
o sol forte lá no céu
deitado sobre nossas covas sem nome
e assim a vida segue
essa dor que mastiga a alma
algodão por todo o lugar
algodão e nada mais
Autor Rui Amaro Gil Marques
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