"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron





terça-feira, 14 de maio de 2013

E DAÍ QUE O TEMPO PASSA?

RESTOS DE NADA

Não quero saber do vento lá fora
Nem das suas histórias 
Prefiro ficar aqui
Sozinho 
Flertando com a escuridão
Ouvindo os pensamentos quebrando o silêncio
Chega
Cansei das suas verdades
E do seu sorriso falso
Vou ficar aqui olhando para as paredes
Vendo as baratas correndo pelo chão
Devorando as migalhas dos sonhos que restaram
Restos de nada
Fantasmas com sede e garrafas vazias
Desejos que precisam de carne
Minha fome de tudo controlando meus atos
E dai que o tempo passa?
A morte é outra piada que não tem graça
Apenas desgraça
No canto da sala uma cadeira solitária
Eu apenas mais um cara fodido
Procurando se encontrar em meio a tanto lixo
Gente babaca que me dá nojo
Feridas abertas gangrena que me rouba em pedaços
Antes de você vir me criticar
Vai se danar filho da puta
Já tenho os ratos por aqui
Não preciso da sua “bondade” 




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Revelação



Revelação

Vozes em minha cabeça
Segredos revelados
Gritos do fim do mundo
Sofrimento e dor
Mentiras que perderam sentido
Em seu coração o abismo tomando forma
Seus sonhos consumidos pela escuridão
Elas dizem essas vozes em minha cabeça
Que o fim de tudo chegou
Que todos nós deixaremos de existir
O sol vai se apagar e as trevas virão
Reinos e riquezas sucumbirão
E a paz enfim existirá

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A MORTE E OS LIVROS NA ESTANTE

UMA FLEXÃO SOBRE A MORTE E OS LIVROS NA ESTANTE

Hoje, mais um dia. Às vezes me pego pensando nisto: A companhia da morte.  Muitos e muitas têm receio de refletir sobre este assunto. Existe desde que o homem se compreendeu separado da natureza, um receio quase que sagrado em falar da morte. Apenas o pronunciamento dessa palavra já tem gente que faz o sinal da cruz, torce o nariz e até mesmo que sai do recinto, do local.

Mas também existe de maneira subliminar certa adoração da morte. Podemos constatar isto ao vermos e até mesmo participarmos de celebrações em homenagem aos que já nos deixaram aos que se foram, os que a morte tirou de nós.  Até mesmo quanto mais fazemos de conta que ela não é assunto nosso, que jamais seremos tocados por ela, podemos sentir os seus olhos nos observando, seus passos nos seguindo, os seus sinais.

A morte já nasce conosco. De várias maneiras podemos ter o seu abraço, de forma natural por causa da idade avançada, acometidos por problemas de saúde, acidentados, assassinados e por fim, no caso onde o desespero fala mais alto que a razão e o medo da morte: o suicídio.

Olho para as estantes na sala contando cada livro que se encontra repousando, às vezes esquecido, sobre suas prateleiras. Livros que comprei com dedicado esforço. História Geral, filosofia, sociologia, comunicação, política, economia, ciência, tecnologia, religião, biografias, poesia, prosa, versos, romances, ficção cientifica, aventuras, mistério, psicologia, terror...


Para quem vou deixa-los?  

Aproveito para deixar aqui um poema meu intitulado de A Morte: Um Soneto Melancólico. Espero que curtam.

SONETO MELANCÓLICO
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxifAt3itE8WxtfBRqNG0RbgVmn-Y-fCmlGzNsYnbGxqeKYrypkqlIfGweDFJgvT6aHSpxu-x9DNCQFiODFmW9KbAujqaj8xWYlzMWzGnWpqPwUZEzw4sZhronJtokpv4gWv33grWLhdp9/s320/morte.jpg
A morte observa por cima do muro,
Ouvindo pensamentos através das paredes,
Do concreto, dos dias que passam e não voltam.

A morte observa,
As flores na primavera,
As folhas que caem no outono,
Os amores perdidos
E os sonhos dos adolescentes.

Ela aprisiona cada minuto que perdemos,
de nossas vidas, deixando de vive-las.
Ela, simplesmente, não consegue perdoar.

Ela deixa as suas marcas profundas nos que ficam.
A morte observa cada palavra, cada letra deste
soneto melancólico.

Observa calada o tempo passar e o encontro
dos ponteiros,
Leva os momentos felizes, marcando o ponto final
de nossas vidas,
O The End de nossos dramas cotidianos,
Tornando cinza o arco-íris...


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

É o fim (Cinzas do Inferno)




Cinzas do inferno

Olho ao redor
Fumaça gritos choros
Fogo caindo do céu
Chamas que atingem tudo
Queimando sonhos
Lágrimas inocentes
Corpos que ardem pelas ruas
Agora de nada vale a sua riqueza
Sua arrogância
O fogo vai transformar todos em cinzas
Nada mais importa
Nenhum poder pode salvar o mundo
É o fim       
Fogo caindo do céu
O inferno abre as suas portas






segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

NÃO ADIANTA FUGIR


Você me chamou, lembra?

Não preciso bater em sua porta para entrar
Há muito tempo que já estou dentro de você
Lembra quando veio desesperada atrás de mim
Com o coração cheio de ódio
Magoada querendo vingança
Fazendo promessas de fidelidade eterna
Entregando a alma numa bandeja
Pedindo para acabar  com a dor
Não adianta tentar se esconder ou fugir
Eu já estou dentro de você
Me aproveitando do calor do seu corpo
Saciando meus desejos com o frescor de sua carne
Na encruzilhada da sua vida as velas do desespero continuam
Queimando
Nenhum arrependimento pode nos separar
Você aceitou minhas condições fazendo planos para o futuro
Foi você quem quis assim vindo a mim na escuridão
Implorou se humilhando
Pelo sabor do beijo
O beijo que selou o seu destino
Portas fechadas, orações e crucifixos não podem lhe proteger
Nada mais pode ser feito para evitar
Você me chamou, lembra?





* Primeiro poema de 2013 escrito na noite da segunda-feira 07/01/2012.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O GATO NO CANTO


O GATO NO CANTO

Meu corpo treme
Sinto-me estranho
Nada faz sentido
E tudo parece fora de lugar
Minha cabeça roda
Um gosto amargo na boca
Copos vazios denunciam a bebedeira
Roupas espalhadas pelo chão
No canto o gato parado
Olhando
Me encarando
Talvez ele saiba o que aconteceu
Só que jamais irá me contar

PARA ESSE PARAÍSO EU DIGO NÃO!


Paraíso de Merda

Dizem que sou livre
Que vivemos todos bem
Que este mundo é o melhor dos mundos
Infelizmente uns são esquecidos pela sorte
Não têm capacidade de crescer
De ser “alguém”
Mas que se nos empenharmos
Com muito esforço e dedicação
Respeitando as tradições
Seguindo ordens
Fazendo a coisa “certa”
Teremos o nosso lugar
Seremos reconhecidos
Concentremo-nos no trabalho
Sonhar faz parte da vida
E só o trabalho é capaz de transformar esses sonhos
Em realidade
Sigamos em frente, marchemos para conquistar um lugar ao sol
Não devemos nos preocupar com aqueles que tombam pelo caminho
Os fracos não merecem a nossa atenção
Mas felizmente eu não aceito
Algo me diz que está tudo errado
Que assim não podemos viver em paz
Este mundo é uma prisão
Levanto-me rebelde
Questiono os seus mitos, essas ideias que nos separam
Encarando-os nos olhos
Ergo meus punhos
Que vão todos à merda
Para esse paraíso eu digo não!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SE O MUNDO ACABAR..


Bom e velho Rock and Roll

Na cabeça apenas a vontade de romper horizontes
Guiada pela vontade de vencer  os medos ao redor
Esses obstáculos que são colocados a nossa frente
Todos os dias, sempre
No coração a coragem incessante
A confiança que o agora e o mundo podem ser
Aquilo que quisermos
Se quisermos mesmo com vontade
Que estivermos dispostos a lutar e defender
Levantar nossa voz e fazer valer a justiça derrubando muros e arrancando cercas
A justiça que nos faltou ontem e nos falta hoje
Que é negada diariamente atravessando séculos sem fim
Mas tudo isso será em vão se antes de tudo não jogarmos fora todas as máscaras
Essas máscaras que falam por nós
Que nos tornam meros prisioneiros da dor
De nada adianta se lá no fundo nos deixamos levar pela covardia
Sem a eterna rebeldia da juventude, sem rock and roll
O rock and roll que corre nas veias
A vida é rock and roll
E não existe vida se ela não vier acompanhada da liberdade
A liberdade e o rock and roll
Liberdade é rock and roll
Liberdade agora e sempre
Rock and roll até o mundo acabar
E se acabar que acabe sem donos
Como a vida deve ser
Que acabe ao som do bom e velho rock and roll


  

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SUBMISSOS EM TODA PARTE


Ajoelhado à beira do caminho

Vou contar uma história
Tenho certeza que vocês não vão acreditar
Porque parece loucura
Coisa de quem fica viajando acordado
Eu vi naquela tarde ao final do dia
O homem estava ajoelhado perante uma árvore
Ajoelhado perante uma árvore
Árvore velha à beira da estrada
Um homem ajoelhado à beira da estrada
Num final de dia assim quando vai chegando a lua
Oi ieeeieieieieie
Parei na frente daquele homem e sua árvore
Vendo e mesmo assim não acreditando
O homem ajoelhado à minha frente
Prostrado perante uma árvore velha centenária
Ei cara o que você faz aí?
Já não chega nos ajoelharmos para o dinheiro?
Nos ajoelharmos para os problemas da vida ?
Todos estão sempre de joelhos para alguma coisa
Para alguém
Porque se ajoelha para uma árvore velha?
Qual é o seu problema?
Chega de nos ajoelharmos para tudo e para todos!
Chega de sermos bonzinhos
Ajoelhados em toda parte
Cordeirinhos no paraíso
Vou contar toda essa história
Porque na frente de uma árvore velha
Tinha um homem ajoelhado
Submisso à beira do caminho
Foi o que eu vi num final de tarde
Daqueles em que a lua já vem chegando

Rui Amaro Gil Marques – 06/08/2012 num final de tarde.




Dedico este poema a todos e a todas que se recusam a ficar de joelhos perante alguém ou alguns. É para aqueles e aquelas que compreendem bem qual a nossa missão nesta vida. Que somente a luta diária, constante, faz avançar o mundo e a humanidade, quebrando assim velhos paradigmas, desfazendo ilusões, derrubando mitos e destronando os senhores, criminosos que vivem as nossas custas, que nos roubam, enganam, oprimem, violam e violentam com a sua exploração.  É para antigos camaradas que continuam na luta, ao nosso lado e também para os que vêm chegando. Com admiração e respeito. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

VIVER É MUITO MAIS IMPORTANTE!


Maria Juana e o rock and roll

Maria juana filha da terra
Herdeira das portas da mente
Viaja vai para tudo que é canto
Aqui e do outro lado do mundo
Maria Juana aparece para fazer festa
Onde ela chega sempre tem muito rock and roll
E quando o bom e velho rock toca ela chega
Sempre assim ela aparece do nada
Maria Juana “dichava”os problemas
Enrolando o tempo que fica parado
Sussurrando antigas lendas e lembrando velhas canções
Queima as tempestades que atormentam sonhos
Rock and roll e Maria Juana
Maria Juana e rock and roll
Música de bater a cabeça
Música de beber com Maria Juana
Rock and roll

domingo, 15 de julho de 2012

O CAÇADOR E A CAÇA

CAÇADOR

Espreito-a pelas frestas

Sigo-a com os olhos da fome

Sem suspeitar da minha presença

Vai cantarolando sua alegria

Do meu canto fico em silêncio

Observo-a sem reclamar

Não tenho pressa

Por que tenho certeza

De que ela não poderá escapar

Quando o momento esperado chegar

Seu nome não me interessa

Seus sonhos muito menos

Dela o que eu quero é apenas

Aplacar a minha imensa dor

sábado, 7 de julho de 2012

ENTREGUE-SE A MIM

Venha comigo


Abra seus olhos
Enxergue ao seu redor
Sorrisos de satisfação
Afagos e elogios
Nada disso é real
Por trás de cada rosto
O demônio lhe estende a mão
Promessas de felicidade
Poder e dinheiro
Seu coração sabe a verdade
Mas o egoísmo fala sempre mais alto
Sufocando a razão
Pactos não podem ser quebrados
Muitos já tentaram enganar o diabo
A lição é dura de aprender
Venha cá e pegue em minha mão
Deixe-me contar meus segredos
O que você procura para aplacar a dúvida
Preencher o vazio que lhe consome
Medo do desconhecido
Sua mente divaga enquanto o tempo passa
Vidas solitárias choram na escuridão
Sofrer é sempre uma opção
A liberdade é um castigo
Venha cá
Ouça as verdades que assombram sua vida
Se entregue a mim
A dor é apenas um detalhe para alcançar a eternidade
Abra seus olhos
O relógio não pode ser parado


segunda-feira, 2 de julho de 2012

CABEÇAS VAZIAS

Os pensamentos se perdem

Se perdem os pensamentos

Perdem-se os pensamentos

Pensamentos que se perdem

Que se percam os pensamentos

Pensamentos perdidos

No vazio das cabeças

Das cabeças vazias

Que se fazem oficinas do diabo

Que do diabo se fazem oficinas

Essas cabeças que não pensam

Cabeças essas vazias

Onde os pensamentos se perdem

Onde se perdem os pensamentos

segunda-feira, 18 de junho de 2012

SACRO SACRILÉGIO

SACRILÉGIO

Abram suas bíblias

Leiam os versículos

E busquem a salvação

Que jamais encontrarão

Entrem nos templos

Nas igrejas dominadas pelos símbolos da dor

O Cristo sangra eternamente

Torturado pelos pregos do castigo

Sentado no trono de todos os pecados

O velhaco hipócrita sorri assim como todos os outros

Loucos sujos de sangue

Assassinos em nome do pai

Da mentira e do poder maligno

Demônios

Ouçam os sinos da danação

Venham

Tragam suas almas

Encham os cofres de todas as seitas

Rezem e orem

Continuem sofrendo e digam amém

domingo, 3 de junho de 2012

NOSSAS BOCAS


Bocas
Boca pequena
Da voz suave
Serena
Boca fechada
Aquela que não entra mosca
Boca grande
Que não para um só segundo
Boca atrevida
Que sussurra safada
No ouvido
Quente e molhada
Boca suja mal criada
Que não perde tempo
Xinga e manda à merda
Boca doce de carinho da mulher amada
Boca inocente do sorriso maroto de menina
Boca que morde e assopra
Boca vermelha assanhada
Bocas entrelaçadas
Bocas desejadas
Que desejam
Boca que gosta de uma chupada
Boca que diz asneira
Que ninguém escuta
Boca que grita
Boca que não fala
Boca faminta
Boca sofrida sem dentes
Boca agredida
Boca roxa
Da língua morta
Bocas

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ESTÚPIDOS POR TODA PARTE

Estúpidos nos governam

Alienando as nossas mentes

Despudoradamente roubam nossos sonhos

Deixando seus pesadelos

Consumindo sem permissão nossas vidas

Miseráveis e canalhas de todas as cores e bandeiras

Ícones da covardia e do bandidismo oficial

Paus-mandados dos parasitas que não trabalham

Dessa corja desumana que escraviza

Que sem piedade alguma tira o pão das bocas famintas

Estúpidos nos ditam ordens e escrevem leis

Fardados nos vigiam com suas armas

Querem-nos obedientes e acomodados

Assim nos transformam em novos estúpidos

Para que toda essa estupidez seja prolongada

Não tenha fim

E como estúpidos defendemos tamanha estupidez.

REFLEXO

Olhei-me no espelho agora

Agora o reflexo me assusta

Vejo a minha frente um rosto calado

Um olhar fixado

Algo perdido no tempo

Neste tempo do agora que não passa

Um rosto carrancudo

Cansado

Lábios que tremem

Apertando o grito para que não saia

Acordando túmulos

Levantando corpos esquecidos

Poços vazios sem almas

Assustado com a visão

Atirei essa fria janela ao chão

Quebrando-o em vários pedaços

Mas mesmo assim continuo refém da culpa

Que por séculos consome-me o coração

Malditos sejam aqueles que me acusam

Hipócritas que se escondem nas sombras dos meus erros

Covardes que não assumem sua humanidade

Querendo a todo custo serem deuses

Desgraçados que castigam os miseráveis através da fome e da prepotência

Parasitas que transformaram o mundo naquilo que as suas religiões do medo

Chamam de inferno.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

INFERNO

A ESCURIDÃO NÃO PRECISA DA NOITE PARA ACONTECER

BASTA VOCÊ SE ENTREGAR

DEIXAR QUE O ÓDIO CONTAMINE SEU CORAÇÃO

QUE SEUS PRECONCEITOS TOMEM FORMA E ADQUIRAM NOMES

RAÇAS, RELIGIÕES, CORES E O QUE MAIS VOCÊ DETESTAR

CULPE OS OUTROS PELOS SEUS PROBLEMAS

FRACASSOS

A ESCURIDÃO PRECISA DE VOCÊ E DE SUA IGNORÂNCIA

PARA DOMINAR O MUNDO

PARE DE CULPAR OS DEMÔNIOS QUE ESTÃO EM SUA CABEÇA

O PODER QUE ELES TÊM É SEU

VOCÊ É O INFERNO ONDE A SUA ALMA QUEIMA

SUA MENTE INSANA É A RESPONSÁVEL PELO SEU PRÓPRIO SOFRIMENTO

A ESCURIDÃO ESTA EM VOCÊ

PORQUE VOCÊ QUER ASSIM

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CARNAVAL


Carne
Sangue
Suor

Carne
Boca
Fome

Fome
Boca
Desejo

Desejo
De carne

Carne
Carnívoros
Canibais
Carnais

Corpos
Vermes
Animais

Carne gorda
Magra
Minha carne
Sua
Nossa

Carne que arrepia
Que controla a mente

Carne que nos deixa doente
Carne comendo carne
Carnaval

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CANIBALISMO



Da face os olhos

Da tua boca a língua

O pescoço

No peito morder-te os seios

Do corpo

Arrancar a carne que segura tuas entranhas

Rasgar sem pudor a gordura e as tripas

Cravar meus dentes em tuas nádegas

Comer-te fartamente

Roer e chupar teus ossos

Saciar- me com teu gosto

Sentir-te apenas

Ter-te em minha boca

Sabendo que agora és

Não mais tu

Mas eternamente parte de mim

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PASSOS NA ESCURIDÃO

Vejo o corredor a minha frente

Um caminho cheio de penumbra

Um perfume estranho avança pelo ar

Sigo sem olhar para trás

Em cada lado uma porta fechada

Conformo ando a escuridão vai me abraçando

Já não há mais luz

Apenas frio e medo agora

Atrás de mim nada além de lembranças

Meu coração quer sair do peito

Fugir e me deixar

Quero parar e dar meia volta

Mas uma força me puxa

Sinto mãos que me seguram

Ouço vozes que sussurram

E a apesar dessa solidão sei que não estou sozinho

Pensamentos tomam conta de mim

O que estou fazendo aqui perdido neste mundo?

Avanço seguindo em frente

Tateando pela escuridão

Arrastado pelo desconhecido

Levado sem que possa resistir

Guiado pelo doce perfume trazido pela brisa

Mesmo sem enxergar

Apesar das dúvidas que sempre tive

E das loucuras que fiz

Tudo tem uma razão para acontecer

Nada é por acaso

Lembranças que vão ficando para trás

Quando essas trevas acabarem

Tenho certeza que encontrarei

A razão porque agora estou aqui

Gritando o seu nome

Chamando por você

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MUNDO CAOS


Vou contar como é o meu mundo

Agora vocês vão sentir

Conhecer o que se passa na escuridão

Nos cantos abandonados pela luz

O cheiro da morte esta sempre no ar

Não há paz para as almas que sofrem

E nem pode haver

Porque aqui não há esperança

Venham comigo

Andem pelos campos da morte

Corpos em decomposição por toda parte

Desespero em cada passo

Corações corroídos pelo ódio

Aqui reina apenas o egoísmo

E o desejo de destruição

Caos descontrolado

A dor que brota das feridas abertas

E o sangue que escorre

Aqui é o paraíso

De todo o mal que habita seus corações

O mundo que todos vocês criaram

Império que jamais ruirá

O lugar que todos vocês podem chamar de lar

Não há saída

Não há perdão

Apenas escuridão

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ei!

Olhe bem para mim

Veja o estado em que me encontro agora

Olhe bem em meus olhos

Veja o que tem feito comigo

Sinta o meu coração

Sinta o meu corpo que treme sem parar

Tudo o que eu tinha agora já não importa mais

Nem as maravilhas desse mundo cinzento

Minha cabeça dói

Tenho vontade de gritar

De fazer com que você preste atenção

Ouça, por favor

Não vá embora me deixando aqui

Não peço que tenha piedade

Só quero que olhe para mim

Sem dizer nada

Nem mesmo me tocar

Apenas olhe

Veja as feridas abertas

A dor que me rasga

E o desejo que não me larga

Por que tudo tem que ser desse jeito?

Distância e medo

Escuridão

Ei!

Olhe para mim.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hay Kay

Nada mais a dizer

Porque o silêncio pode dizer

Tudo e um pouco mais

Nada mais a falar

Porque as palavras repetidas

Acabam se perdendo

No ar

domingo, 31 de julho de 2011

A CURA


Sejam bem vindos

Minhas maldades esperam por vocês

Tenho imaginado todo o tipo de sofrimento

Não vejo a hora de começarmos

Prometo que sentirão muita dor

Assim que as portas se fecharem

Libertem seus medos

Soltem seus desejos

Rendam-se a loucura destes tempos modernos

Entreguem-me seus corpos

Suas almas

O prazer que o sangue desperta

Nos levará ao paraíso

Gritem o quanto quiserem

Ninguém poderá ouvir

E se ouvirem nada irão fazer

Neste mundo é cada um por si

E todos contra todos

Nem mesmo seu deus virá

Ele está ocupado demais caçando vadias

Para o seu próprio divertimento sagrado

Meu corpo já treme de tanta excitação

Ouçam como bate o meu coração

Imaginem o que podemos fazer

Depois desta noite nada mais será como antes

E a vida miserável de vocês terá tido algum sentido

Ao menos para mim

Olhem bem e vejam como a loucura

É a salvação da normalidade

O remédio que nos cura

Sejam bem vindos

Venham sentir a liberdade...

domingo, 17 de julho de 2011

NÃO HÁ MAL QUE DURE PARA SEMPRE.


"O homem é o pior e o maior inimigo de si mesmo"



Olhou na direção do muro cinzento protegido por uma longa fileira de arame farpado. Caía uma chuva fina e fazia muito frio. Seu estomago resmungava exigindo atenção. Já se haviam passado semanas desde a sua última refeição. Virou-se e percebeu que estava sendo vigiado. Do alto de sua guarita uma metralhadora estava apontada em sua direção. Podia ver a brasa nervosa de um cigarro que piscava sinalizando do perigo que o espreitava.

Caminhou lentamente sentindo aquela água gelada escorrendo pelos trapos encharcados que vestia. Conforme andava a arma se movia seguindo os seus passos. A lama grudava em seus sapatos entrando pelos buracos nas solas. Enquanto caminhava sentia o seu próprio fedor. Um cheiro de suor azedo subia até as suas narinas. Tremia de frio.

Seus pensamentos criaram asas e por alguns minutos se viu fora daquele inferno. Cláudia estava sentada com as pernas cruzadas deixando suas coxas quase que totalmente expostas não fosse o vestido florido que lhe enfeitava o corpo. Ela sorria e no rádio o locutor anunciava a próxima atração musical depois da propaganda de uma marca de sabão em pó. Na mesa uma garrafa de vinho pela metade, queijo, pão e salame. Pegou o copo que estava a sua frente e levou-o até os lábios saboreando vagarosamente o seu conteúdo. O que nós vamos fazer hoje? Perguntou a mulher que passava as mãos pelos longos cabelos negros prendendo uma tiara sobre eles.

Com os olhos precorreu demoradamente o corpo da mulher. A pele morena, os seios fartos querendo saltar pelo decote, o perfume que dela se espalhava pelo ambiente e os lábios vermelhos que tanto gostava de beijar. O corpo torneado cheio de frescor e o prazer que ela lhe proporcionava das mais variadas maneiras o faziam acreditar que estava no paraíso. Que nada nem ninguém poderia interferir em seu mundo particular e acabar com aquela felicidade que parecia durar para sempre.

De repente latidos e sirenes trouxeram-no de volta ao pesadelo em que se encontrava. Homens corriam em todas as direções. Do lado de fora caminhões militares chagavam trazendo mais prisioneiros para aquele campo de concentração. Mexa-se seu merda! Gritou um dos guardas batendo-lhe violentamente com a coronha da arma em suas costas.

O portão foi se abrindo e aquele triste comboio começou a entrar. Perfilados, os prisioneiros acompanhavam toda a movimentação em silêncio. As carrocerias dos caminhões foram abertas jogando para fora suas cargas humanas fedorentas e amedrontadas. Homens de todas as idades iam sendo despejados naquela lama, alguns urinavam e defecavam enquanto sofriam agressões de todos os tipos dos guardas que os xingavam e riam de prazer.

Ao seu lado um velhote de cabeça raspada esquelético que mal se agüentava em pé parecia chorar. Todos eles estavam em péssimo estado. A dureza do trabalho diário, a falta de comida e a violência dos guardas não poupavam ninguém. Não há mal que dure para sempre - falou o velho em voz baixa desmaiando em seguida. Sentiu vontade de se abaixar e ajudar aquele pobre homem, mas lhe faltou coragem. A chuva fina não parava de cair e o velhote moribundo era arrastado dali em direção a uma enorme cova coletiva que os próprios prisioneiros foram obrigados a cavar no dia anterior.

Depois de todos os caminhões terem descarregado suas cargas seguiram ordenadamente para fora do campo. Dos alto-falantes ordens eram dadas. Os cães latiam. A mulher e a felicidade não existiam mais. Agora era apenas um número perdido numa multidão de outros números. Será que havia chegado o momento de fazer as pazes com Deus?

Em seguida vieram outros guardas apontando suas armas para os prisioneiros que estavam a sua frente e começaram a disparar. O barulho dos tiros ecoava pela tarde enquanto os corpos atingidos iam se amontoando numa poça de sangue, água suja, urina, fezes e lama.

Lembrou-se dos passeios com o pai, das broncas da mãe e das birras de suas irmãs mais novas. As aulas de história que tanto gostava e a primeira vez que saiu com uma mulher e assim foi caindo para trás sentindo na boca um gosto de sangue, da vida que ia indo embora.

Logo os disparos cessaram. A chuva fina não parava de cair. Cães continuavam latindo seguros por guardas que em silêncio observavam aquele amontoado de corpos de onde saíam gemidos de dor e de desespero.

Alguns soldados sacaram das suas pistolas e se dirigiram na direção dos corpos caídos disparando naqueles "números" que gemiam ou ainda se mexiam.

Na manhã seguinte outro comboio militar chegou trazendo novos prisioneiros. As sirenes tocavam e os cães voltaram a latir enquanto as carrocerias iam sendo abertas...


quinta-feira, 30 de junho de 2011

COVARDIA

Eu quero dizer abertamente o que sinto

O que vai dentro do meu coração

Mas infelizmente tenho medo

E esse medo me faz prisioneiro

Dos fantasmas que me assombram

Sou um covarde

Escondido entre as palavras

Que lhe sussurro aos ouvidos

Um covarde que não merece o seu amor.

domingo, 26 de junho de 2011

HOLOCAUSTO

Holocausto

Judeu

Negro

Latino

Asíatico

Indígena

Branco

Amarelo

Árabe

Mestiço

Masculino

Feminino

Palestino

Nosso

sexta-feira, 17 de junho de 2011

EU PODERIA DIZER TANTAS COISAS


Eu poderia dizer que tudo esta bem

Que o mundo é um paraíso azul

Flutuando na imensidão do universo

Eu poderia dizer tantas coisas

Mas não posso

Não posso mentir

Tentar me enganar

Enganar você

Eu poderia largar tudo agora

Fugir e buscar um lugar para me esconder

Um lugar seguro longe do medo

Mas não posso

Não existem mais lugares seguros neste mundo

Alias neste mundo tudo o que era bom parece ter morrido

As lembranças de nossa juventude ficaram amareladas pelo tempo

E os nossos sonhos foram destruídos

O que nos deixaram foram dias cinzentos

Lágrimas e feridas que não cicatrizam

Corações machucados

Mentes vazias

Nem mesmo o sol é mais o mesmo

E o frio parece congelar nossas almas

As flores perderam um pouco da antiga magia

Sinto muito

Eu poderia fingir que esta tudo bem

Que essa dor que todos nós sentimos logo vai passar

E que um arco íris vai aparecer lá no final da cachoeira

Onde as águas continuam a se jogar

Agora águas sem vida

Esta nossa vida poluída

Eu poderia tentar ser forte

Abraçar você

E olhar profundamente em seus olhos

Mas infelizmente não posso

Tenho medo

Medo de abrir meu coração

De me expor

Porque aquela criança que carrego comigo

Ainda chora assustada


O que fizeram conosco?

Por que tudo tem que acabar dessa maneira?

Arvores que não dão mais frutos

Corações que não amam mais

Eu poderia ser mais um falso

Seguir os passos deles

Mas não posso

Simplesmente não posso deixar que me levem com eles

Que me transformem no que eles se transformaram

No que foram transformados

Talvez tudo pudesse ter sido diferente

Mas simplesmente não posso deixar que me levem

Que acabem com o pouco de humanidade que ainda há em mim

Sinto que apesar de tudo e de todos

Devo ficar e resistir

Eu já tomei a minha decisão

Qual será a sua?


MENTIRAS E NADA MAIS


Meus pensamentos voam

Distantes para longe daqui

Do agora que parece jamais ter fim

A dor que carrego

Cresce me comendo por dentro

Mesmo acompanhado sinto-me só

Ao redor as mesmas coisas de sempre

Os mesmos canalhas com seus jogos de poder

As mesmas prostitutas chamando por atenção

Apesar dos rostos diferentes

Continuam iguais como sempre foram

Seres superficiais

Nascidos para perpetuar ilusões

Homens e mulheres

Pedaços de carne

Almas vazias que vagam perdidas

Sempre fugindo da luz

Buscando o prazer na escuridão

Escondendo o medo que os castigam

E a solidão que reina em seus corações

Infelizes fingem uma felicidade que não existe

E assim seguem vivendo o que acreditam ser a vida

A realidade mesquinha que reproduzem

O amor que não conhecem

Suas máscaras

Mentiras e nada mais




(imagem do Google.com)

domingo, 12 de junho de 2011

BONS CIDADÃOS






Como bons cidadãos (do inferno)




A noite vem descendo
Cobrindo com o seu manto
A razão
Liberta os montros que vagam pelas sombras
Seres sem alma que devoram nossos sonhos
Que se alimentam do medo que temos de reagir
Estão por toda a parte
Esperando uma chance para sugar nosso sangue
Eles nos seguem por toda a vida
Escondem-se atrás dos sorrisos forçados
Dos falsos elogios,
Das mentiras e das promessas de paraíso
O que mais assusta é a beleza de suas aparências
O sentimento de segurança que suas vozes emanam
Pelo brilho dos seus olhos a morte nos observa radiante
E como um rebanho de cordeiros seguimos suas ordens
Marchamos vestindo seus uniformes com os símbolos de nossa submissão
Empunhando suas armas para assassinar e estuprar
Em suas guerras pelo controle total
Para impor os seus interesses sórdidos e o seu poder
Nossas mentes estão tomadas por suas verdades
Suas drogas correm em nossas veias
Seu ódio cresce em nossos corações
Fazendo renascer antigos ressentimentos
E por onde passamos deixamos rastros de sangue e dor
Contra as diferenças e os diferentes
As raças inferiores que ameaçam a nossa segurança
Nossa ignorância
Nos altares do medo acendemos velas
Fazemos orações na íntima esperança de sermos perdoados
Por deuses complacentes com nossas maldades e preconceitos
Nossas mãos manchadas de crimes
Nossas almas perdidas para sempre
Nesta imensa fábrica de sofrimentos diários que nunca pára
Nunca Pára
E quando chegar a hora
As portas do inferno se abrirão a nossa frente
Para receber a todos nós
Os bons cidadãos que não questionam
Que prontamente obedecem
Homens e mulheres cúmplices do mal
Monstros
Monstros por toda parte.

sábado, 28 de maio de 2011

UM SONETO DE MARINHEIROS E DE ALMAS PERDIDAS



Tempestade no mar


O navio balança sobre os ombros do oceano
As ondas revoltosas expulsam a calmaria
E o vento sopra o seu nervosismo
Despertando a fúria do mar
No céu a tempestade cega o dia
Nos corações cresce o medo e orações ecoam
Marinheiros correm em todas as direções do seu pequeno mundo
Assustados esperam pelo fim
As águas criam vida e se levantam as alturas
Subindo e caindo
Raios e trovões transformam o medo em desespero
O capitão grita com seus marujos
Enquanto o céu desaba sobre nós
As velas são rasgadas pela fúria do vendaval
O mastro principal é arrancado jogado para fora da embarcação
Homens caem ao mar
Sem controle rogamos por salvação
Mas nada pode deter o poder das águas
Que querem nos engolir
O casco começa a rachar e a esperança se desfaz
Corpos são atirados contra as rochas que surgem do fundo do mar
Netuno e Posseidon sem piedade
Mostram todo o seu orgulho desumano
Levando em suas mãos as almas dos pobres marinheiros
No timão o capitão tenta o impossível
Calípso e a morte riem da sua maldição
As ondas vêm e vão
Num ataque frenético e constante
Levando com elas o que sobrou da velha embarcação
De repente tudo acaba e o silêncio toma conta do oceano
E no fundo do mar os cadáveres e os sonhos dos homens
Agora jazem enterrados e serão esquecidos
Nas rochas sereias cantam louvando mais um dia de destruição
Nos corações dos sobreviventes feridas que jamais cicatrizarão


quinta-feira, 26 de maio de 2011

CONVERSANDO DE PERTINHO






Desilusão: existe algo pior?

O que pode ser pior que uma ilusão? Bem, eu acredito que não pode existir nada mais duro, difícil de agüentar, dolorido e nos dá um tremendo chega pra lá que a desilusão. É o mesmo que um soco bem na boca do estomago da gente. Posso estar enganado, mas a desilusão é foda no pior sentido da palavra. Um cara iludido não consegue enxergar a realidade ao seu redor. Não percebe o quanto o que ele acreditar ser real não passa de uma fantasia, um deixar-se levar pelos outros. E aí, derepente pimba! Cai o mundo na cabeça do cara. É o mesmo que se atirar de um abismo.

Enquanto ouço Hotel Califórnia, do Eagles (os que curtem um bom rock and roll conhecem) fico refletindo sobre isso. Não, a música não tem nada a haver com esta minha viagem filosófica de quem já perdeu as contas de quantas vezes a desilusão lhe deu um tapa na cara. É, chego a pensar que a realidade mesmo é feita quase que de 50% de ilusão e o restante você escolhe.

Voltemos ao assunto do qual estávamos falando (vamos dizer assim). Também conheço muita gente que já foi atropelado pela carreta da desilusão. Hoje os caras estão meio que conformados com as coisas. Não reagem ou não querem reagir. Transformaram-se em pessoas amargas e frias. Nossa! Será que isso também aconteceu comigo?

Discorrendo sobre uma coisa acabei esbarrando noutra. E vou te dizer que isso me deixou incomodado. Imagine você numa situação dessas. Bom, por enquanto vamos deixar esse negócio pra lá e continuemos onde estávamos.

A desilusão é aquele remédio amargo que temos que tomar na vida para acordarmos e mudarmos a realidade, deixarmos de sonhar acordados e partirmos para cima do bicho, pega-lo pelo chifre e derruba-lo no chão. Isto até pareceu coisa de rodeio de boiadeiros. Falando sério. Eu acredito que a desilusão seja isto. A outra cara dessa mesma moeda quase enferrujada e gasta pelo tempo chamada vida. Poético não é mesmo? E não tinha como ser de outra maneira porque viver é uma tremenda obra poética. Sonhos, mitos, medos, ilusões, alegrias, tristezas, ódio, rancor, vingança, paixões, amores, coragem, covardia, traições, verdades, mentiras e aventura.


Saca só uma coisa, se é assim a desilusão não pode ser algo tão ruim. Dói, mas passa. Pode demorar, mas passa. Diga-me se estou enganado.

Vou ter que encerrar por aqui porque tem gente no portão. Até a próxima conversa.

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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

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Thoth (Djehuty), deus das escrituras, guardião do Olho de Hórus, criador das palavras, escriba dos deuses e grande escritor do universo.

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