terça-feira, 14 de maio de 2013
E DAÍ QUE O TEMPO PASSA?
Não quero saber do vento lá fora
Nem das suas histórias
Prefiro ficar aqui
Sozinho
Flertando com a escuridão
Ouvindo os pensamentos quebrando o silêncio
Chega
Cansei das suas verdades
E do seu sorriso falso
Vou ficar aqui olhando para as paredes
Vendo as baratas correndo pelo chão
Devorando as migalhas dos sonhos que restaram
Restos de nada
Fantasmas com sede e garrafas vazias
Desejos que precisam de carne
Minha fome de tudo controlando meus atos
E dai que o tempo passa?
A morte é outra piada que não tem graça
Apenas desgraça
No canto da sala uma cadeira solitária
Eu apenas mais um cara fodido
Procurando se encontrar em meio a tanto lixo
Gente babaca que me dá nojo
Feridas abertas gangrena que me rouba em pedaços
Antes de você vir me criticar
Vai se danar filho da puta
Já tenho os ratos por aqui
Não preciso da sua “bondade”
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Revelação
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
A MORTE E OS LIVROS NA ESTANTE

A morte observa por cima do muro,
Ouvindo pensamentos através das paredes,
Do concreto, dos dias que passam e não voltam.
A morte observa,
As flores na primavera,
As folhas que caem no outono,
Os amores perdidos
E os sonhos dos adolescentes.
Ela aprisiona cada minuto que perdemos,
de nossas vidas, deixando de vive-las.
Ela, simplesmente, não consegue perdoar.
Ela deixa as suas marcas profundas nos que ficam.
A morte observa cada palavra, cada letra deste
soneto melancólico.
Observa calada o tempo passar e o encontro
dos ponteiros,
Leva os momentos felizes, marcando o ponto final
de nossas vidas,
O The End de nossos dramas cotidianos,
Tornando cinza o arco-íris...
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
É o fim (Cinzas do Inferno)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
NÃO ADIANTA FUGIR
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
O GATO NO CANTO
PARA ESSE PARAÍSO EU DIGO NÃO!
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
SE O MUNDO ACABAR..
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
SUBMISSOS EM TODA PARTE
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
VIVER É MUITO MAIS IMPORTANTE!
domingo, 15 de julho de 2012
O CAÇADOR E A CAÇA
CAÇADOR
Espreito-a pelas frestas
Sigo-a com os olhos da fome
Sem suspeitar da minha presença
Vai cantarolando sua alegria
Do meu canto fico em silêncio
Observo-a sem reclamar
Não tenho pressa
Por que tenho certeza
De que ela não poderá escapar
Quando o momento esperado chegar
Seu nome não me interessa
Seus sonhos muito menos
Dela o que eu quero é apenas
Aplacar a minha imensa dor
sábado, 7 de julho de 2012
ENTREGUE-SE A MIM
segunda-feira, 2 de julho de 2012
CABEÇAS VAZIAS
Os pensamentos se perdem
Se perdem os pensamentos
Perdem-se os pensamentos
Pensamentos que se perdem
Que se percam os pensamentos
Pensamentos perdidos
No vazio das cabeças
Das cabeças vazias
Que se fazem oficinas do diabo
Que do diabo se fazem oficinas
Essas cabeças que não pensam
Cabeças essas vazias
Onde os pensamentos se perdem
Onde se perdem os pensamentos
segunda-feira, 18 de junho de 2012
SACRO SACRILÉGIO
SACRILÉGIO
Abram suas bíblias
Leiam os versículos
E busquem a salvação
Que jamais encontrarão
Entrem nos templos
Nas igrejas dominadas pelos símbolos da dor
O Cristo sangra eternamente
Torturado pelos pregos do castigo
Sentado no trono de todos os pecados
O velhaco hipócrita sorri assim como todos os outros
Loucos sujos de sangue
Assassinos em nome do pai
Da mentira e do poder maligno
Demônios
Ouçam os sinos da danação
Venham
Tragam suas almas
Encham os cofres de todas as seitas
Rezem e orem
Continuem sofrendo e digam amém
domingo, 3 de junho de 2012
NOSSAS BOCAS

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
ESTÚPIDOS POR TODA PARTE
Estúpidos nos governam
Alienando as nossas mentes
Despudoradamente roubam nossos sonhos
Deixando seus pesadelos
Consumindo sem permissão nossas vidas
Miseráveis e canalhas de todas as cores e bandeiras
Ícones da covardia e do bandidismo oficial
Paus-mandados dos parasitas que não trabalham
Dessa corja desumana que escraviza
Que sem piedade alguma tira o pão das bocas famintas
Estúpidos nos ditam ordens e escrevem leis
Fardados nos vigiam com suas armas
Querem-nos obedientes e acomodados
Assim nos transformam em novos estúpidos
Para que toda essa estupidez seja prolongada
Não tenha fim
E como estúpidos defendemos tamanha estupidez.
REFLEXO
Olhei-me no espelho agora
Agora o reflexo me assusta
Vejo a minha frente um rosto calado
Um olhar fixado
Algo perdido no tempo
Neste tempo do agora que não passa
Um rosto carrancudo
Cansado
Lábios que tremem
Apertando o grito para que não saia
Acordando túmulos
Levantando corpos esquecidos
Poços vazios sem almas
Assustado com a visão
Atirei essa fria janela ao chão
Quebrando-o em vários pedaços
Mas mesmo assim continuo refém da culpa
Que por séculos consome-me o coração
Malditos sejam aqueles que me acusam
Hipócritas que se escondem nas sombras dos meus erros
Covardes que não assumem sua humanidade
Querendo a todo custo serem deuses
Desgraçados que castigam os miseráveis através da fome e da prepotência
Parasitas que transformaram o mundo naquilo que as suas religiões do medo
Chamam de inferno.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
INFERNO
A ESCURIDÃO NÃO PRECISA DA NOITE PARA ACONTECER
BASTA VOCÊ SE ENTREGAR
DEIXAR QUE O ÓDIO CONTAMINE SEU CORAÇÃO
QUE SEUS PRECONCEITOS TOMEM FORMA E ADQUIRAM NOMES
RAÇAS, RELIGIÕES, CORES E O QUE MAIS VOCÊ DETESTAR
CULPE OS OUTROS PELOS SEUS PROBLEMAS
FRACASSOS
A ESCURIDÃO PRECISA DE VOCÊ E DE SUA IGNORÂNCIA
PARA DOMINAR O MUNDO
PARE DE CULPAR OS DEMÔNIOS QUE ESTÃO EM SUA CABEÇA
O PODER QUE ELES TÊM É SEU
VOCÊ É O INFERNO ONDE A SUA ALMA QUEIMA
SUA MENTE INSANA É A RESPONSÁVEL PELO SEU PRÓPRIO SOFRIMENTO
A ESCURIDÃO ESTA EM VOCÊ
PORQUE VOCÊ QUER ASSIM
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
CARNAVAL
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
CANIBALISMO

Da face os olhos
Da tua boca a língua
O pescoço
No peito morder-te os seios
Do corpo
Arrancar a carne que segura tuas entranhas
Rasgar sem pudor a gordura e as tripas
Cravar meus dentes em tuas nádegas
Comer-te fartamente
Roer e chupar teus ossos
Saciar- me com teu gosto
Sentir-te apenas
Ter-te em minha boca
Sabendo que agora és
Não mais tu
Mas eternamente parte de mim
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
PASSOS NA ESCURIDÃO
Vejo o corredor a minha frente
Um caminho cheio de penumbra
Um perfume estranho avança pelo ar
Sigo sem olhar para trás
Em cada lado uma porta fechada
Conformo ando a escuridão vai me abraçando
Já não há mais luz
Apenas frio e medo agora
Atrás de mim nada além de lembranças
Meu coração quer sair do peito
Fugir e me deixar
Quero parar e dar meia volta
Mas uma força me puxa
Sinto mãos que me seguram
Ouço vozes que sussurram
E a apesar dessa solidão sei que não estou sozinho
Pensamentos tomam conta de mim
O que estou fazendo aqui perdido neste mundo?
Avanço seguindo em frente
Tateando pela escuridão
Arrastado pelo desconhecido
Levado sem que possa resistir
Guiado pelo doce perfume trazido pela brisa
Mesmo sem enxergar
Apesar das dúvidas que sempre tive
E das loucuras que fiz
Tudo tem uma razão para acontecer
Nada é por acaso
Lembranças que vão ficando para trás
Quando essas trevas acabarem
Tenho certeza que encontrarei
A razão porque agora estou aqui
Gritando o seu nome
Chamando por você
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
MUNDO CAOS

Vou contar como é o meu mundo
Agora vocês vão sentir
Conhecer o que se passa na escuridão
Nos cantos abandonados pela luz
O cheiro da morte esta sempre no ar
Não há paz para as almas que sofrem
E nem pode haver
Porque aqui não há esperança
Venham comigo
Andem pelos campos da morte
Corpos em decomposição por toda parte
Desespero em cada passo
Corações corroídos pelo ódio
Aqui reina apenas o egoísmo
E o desejo de destruição
Caos descontrolado
A dor que brota das feridas abertas
E o sangue que escorre
Aqui é o paraíso
De todo o mal que habita seus corações
O mundo que todos vocês criaram
Império que jamais ruirá
O lugar que todos vocês podem chamar de lar
Não há saída
Não há perdão
Apenas escuridão
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Ei!
Olhe bem para mim
Veja o estado em que me encontro agora
Olhe bem em meus olhos
Veja o que tem feito comigo
Sinta o meu coração
Sinta o meu corpo que treme sem parar
Tudo o que eu tinha agora já não importa mais
Nem as maravilhas desse mundo cinzento
Minha cabeça dói
Tenho vontade de gritar
De fazer com que você preste atenção
Ouça, por favor
Não vá embora me deixando aqui
Não peço que tenha piedade
Só quero que olhe para mim
Sem dizer nada
Nem mesmo me tocar
Apenas olhe
Veja as feridas abertas
A dor que me rasga
E o desejo que não me larga
Por que tudo tem que ser desse jeito?
Distância e medo
Escuridão
Ei!
Olhe para mim.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Hay Kay
Nada mais a dizer
Porque o silêncio pode dizer
Tudo e um pouco mais
Nada mais a falar
Porque as palavras repetidas
Acabam se perdendo
No ar
domingo, 31 de julho de 2011
A CURA

Sejam bem vindos
Minhas maldades esperam por vocês
Tenho imaginado todo o tipo de sofrimento
Não vejo a hora de começarmos
Prometo que sentirão muita dor
Assim que as portas se fecharem
Libertem seus medos
Soltem seus desejos
Rendam-se a loucura destes tempos modernos
Entreguem-me seus corpos
Suas almas
O prazer que o sangue desperta
Nos levará ao paraíso
Gritem o quanto quiserem
Ninguém poderá ouvir
E se ouvirem nada irão fazer
Neste mundo é cada um por si
E todos contra todos
Nem mesmo seu deus virá
Ele está ocupado demais caçando vadias
Para o seu próprio divertimento sagrado
Meu corpo já treme de tanta excitação
Ouçam como bate o meu coração
Imaginem o que podemos fazer
Depois desta noite nada mais será como antes
E a vida miserável de vocês terá tido algum sentido
Ao menos para mim
Olhem bem e vejam como a loucura
É a salvação da normalidade
O remédio que nos cura
Sejam bem vindos
Venham sentir a liberdade...
domingo, 17 de julho de 2011
NÃO HÁ MAL QUE DURE PARA SEMPRE.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
COVARDIA
Eu quero dizer abertamente o que sinto
O que vai dentro do meu coração
Mas infelizmente tenho medo
E esse medo me faz prisioneiro
Dos fantasmas que me assombram
Sou um covarde
Escondido entre as palavras
Que lhe sussurro aos ouvidos
Um covarde que não merece o seu amor.
domingo, 26 de junho de 2011
HOLOCAUSTO
Holocausto
Judeu
Negro
Latino
Asíatico
Indígena
Branco
Amarelo
Árabe
Mestiço
Masculino
Feminino
Palestino
Nosso
sexta-feira, 17 de junho de 2011
EU PODERIA DIZER TANTAS COISAS

Eu poderia dizer que tudo esta bem
Que o mundo é um paraíso azul
Flutuando na imensidão do universo
Eu poderia dizer tantas coisas
Mas não posso
Não posso mentir
Tentar me enganar
Enganar você
Eu poderia largar tudo agora
Fugir e buscar um lugar para me esconder
Um lugar seguro longe do medo
Mas não posso
Não existem mais lugares seguros neste mundo
Alias neste mundo tudo o que era bom parece ter morrido
As lembranças de nossa juventude ficaram amareladas pelo tempo
E os nossos sonhos foram destruídos
O que nos deixaram foram dias cinzentos
Lágrimas e feridas que não cicatrizam
Corações machucados
Mentes vazias
Nem mesmo o sol é mais o mesmo
E o frio parece congelar nossas almas
As flores perderam um pouco da antiga magia
Sinto muito
Eu poderia fingir que esta tudo bem
Que essa dor que todos nós sentimos logo vai passar
E que um arco íris vai aparecer lá no final da cachoeira
Onde as águas continuam a se jogar
Agora águas sem vida
Esta nossa vida poluída
Eu poderia tentar ser forte
Abraçar você
E olhar profundamente em seus olhos
Mas infelizmente não posso
Tenho medo
Medo de abrir meu coração
De me expor
Porque aquela criança que carrego comigo
Ainda chora assustada
O que fizeram conosco?
Por que tudo tem que acabar dessa maneira?
Arvores que não dão mais frutos
Corações que não amam mais
Eu poderia ser mais um falso
Seguir os passos deles
Mas não posso
Simplesmente não posso deixar que me levem com eles
Que me transformem no que eles se transformaram
No que foram transformados
Talvez tudo pudesse ter sido diferente
Mas simplesmente não posso deixar que me levem
Que acabem com o pouco de humanidade que ainda há em mim
Sinto que apesar de tudo e de todos
Devo ficar e resistir
Eu já tomei a minha decisão
Qual será a sua?
MENTIRAS E NADA MAIS

Meus pensamentos voam
Distantes para longe daqui
Do agora que parece jamais ter fim
A dor que carrego
Cresce me comendo por dentro
Mesmo acompanhado sinto-me só
Ao redor as mesmas coisas de sempre
Os mesmos canalhas com seus jogos de poder
As mesmas prostitutas chamando por atenção
Apesar dos rostos diferentes
Continuam iguais como sempre foram
Seres superficiais
Nascidos para perpetuar ilusões
Homens e mulheres
Pedaços de carne
Almas vazias que vagam perdidas
Sempre fugindo da luz
Buscando o prazer na escuridão
Escondendo o medo que os castigam
E a solidão que reina em seus corações
Infelizes fingem uma felicidade que não existe
E assim seguem vivendo o que acreditam ser a vida
A realidade mesquinha que reproduzem
O amor que não conhecem
Suas máscaras
Mentiras e nada mais
(imagem do Google.com)
domingo, 12 de junho de 2011
BONS CIDADÃOS




Cobrindo com o seu manto
A razão
Liberta os montros que vagam pelas sombras
Seres sem alma que devoram nossos sonhos
Que se alimentam do medo que temos de reagir
Estão por toda a parte
Esperando uma chance para sugar nosso sangue
Eles nos seguem por toda a vida
Escondem-se atrás dos sorrisos forçados
Dos falsos elogios,
Das mentiras e das promessas de paraíso
O que mais assusta é a beleza de suas aparências
O sentimento de segurança que suas vozes emanam
Pelo brilho dos seus olhos a morte nos observa radiante
E como um rebanho de cordeiros seguimos suas ordens
Marchamos vestindo seus uniformes com os símbolos de nossa submissão
Empunhando suas armas para assassinar e estuprar
Em suas guerras pelo controle total
Nossas mentes estão tomadas por suas verdades
Suas drogas correm em nossas veias
E por onde passamos deixamos rastros de sangue e dor
Nos altares do medo acendemos velas
Fazemos orações na íntima esperança de sermos perdoados
Nossas mãos manchadas de crimes
Nossas almas perdidas para sempre
E quando chegar a hora
Para receber a todos nós
Os bons cidadãos que não questionam
sábado, 28 de maio de 2011
UM SONETO DE MARINHEIROS E DE ALMAS PERDIDAS


Tempestade no mar
O navio balança sobre os ombros do oceano
As ondas revoltosas expulsam a calmaria
E o vento sopra o seu nervosismo
Despertando a fúria do mar
No céu a tempestade cega o dia
Nos corações cresce o medo e orações ecoam
Marinheiros correm em todas as direções do seu pequeno mundo
Assustados esperam pelo fim
As águas criam vida e se levantam as alturas
Subindo e caindo
Raios e trovões transformam o medo em desespero
O capitão grita com seus marujos
Enquanto o céu desaba sobre nós
As velas são rasgadas pela fúria do vendaval
O mastro principal é arrancado jogado para fora da embarcação
Homens caem ao mar
Sem controle rogamos por salvação
Mas nada pode deter o poder das águas
Que querem nos engolir
O casco começa a rachar e a esperança se desfaz
Corpos são atirados contra as rochas que surgem do fundo do mar
Netuno e Posseidon sem piedade
Mostram todo o seu orgulho desumano
Levando em suas mãos as almas dos pobres marinheiros
No timão o capitão tenta o impossível
Calípso e a morte riem da sua maldição
As ondas vêm e vão
Num ataque frenético e constante
Levando com elas o que sobrou da velha embarcação
De repente tudo acaba e o silêncio toma conta do oceano
E no fundo do mar os cadáveres e os sonhos dos homens
Agora jazem enterrados e serão esquecidos
quinta-feira, 26 de maio de 2011
CONVERSANDO DE PERTINHO
O que pode ser pior que uma ilusão? Bem, eu acredito que não pode existir nada mais duro, difícil de agüentar, dolorido e nos dá um tremendo chega pra lá que a desilusão. É o mesmo que um soco bem na boca do estomago da gente. Posso estar enganado, mas a desilusão é foda no pior sentido da palavra. Um cara iludido não consegue enxergar a realidade ao seu redor. Não percebe o quanto o que ele acreditar ser real não passa de uma fantasia, um deixar-se levar pelos outros. E aí, derepente pimba! Cai o mundo na cabeça do cara. É o mesmo que se atirar de um abismo.
Enquanto ouço Hotel Califórnia, do Eagles (os que curtem um bom rock and roll conhecem) fico refletindo sobre isso. Não, a música não tem nada a haver com esta minha viagem filosófica de quem já perdeu as contas de quantas vezes a desilusão lhe deu um tapa na cara. É, chego a pensar que a realidade mesmo é feita quase que de 50% de ilusão e o restante você escolhe.
Voltemos ao assunto do qual estávamos falando (vamos dizer assim). Também conheço muita gente que já foi atropelado pela carreta da desilusão. Hoje os caras estão meio que conformados com as coisas. Não reagem ou não querem reagir. Transformaram-se em pessoas amargas e frias. Nossa! Será que isso também aconteceu comigo?
Discorrendo sobre uma coisa acabei esbarrando noutra. E vou te dizer que isso me deixou incomodado. Imagine você numa situação dessas. Bom, por enquanto vamos deixar esse negócio pra lá e continuemos onde estávamos.
A desilusão é aquele remédio amargo que temos que tomar na vida para acordarmos e mudarmos a realidade, deixarmos de sonhar acordados e partirmos para cima do bicho, pega-lo pelo chifre e derruba-lo no chão. Isto até pareceu coisa de rodeio de boiadeiros. Falando sério. Eu acredito que a desilusão seja isto. A outra cara dessa mesma moeda quase enferrujada e gasta pelo tempo chamada vida. Poético não é mesmo? E não tinha como ser de outra maneira porque viver é uma tremenda obra poética. Sonhos, mitos, medos, ilusões, alegrias, tristezas, ódio, rancor, vingança, paixões, amores, coragem, covardia, traições, verdades, mentiras e aventura.
Vou ter que encerrar por aqui porque tem gente no portão. Até a próxima conversa.
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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

Thoth (Djehuty), deus das escrituras, guardião do Olho de Hórus, criador das palavras, escriba dos deuses e grande escritor do universo.

O Olho de Hórus, o que tudo e a todos vê.