"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron





quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Pecado Original


O Pecado Original

Adão e Eva viviam inocentes no Paraíso,
Que Deus para eles havia criado,
Coisas da carne desconheciam,
Em seus corações desejos assim não cabiam.
Até que num dia infernal,
Espreitando do seu esconderijo,
A serpente invejosa fez um sinal.
O casal curioso sem perceber a maldade latente,
Atendeu ao chamado daquele viscoso animal.
Ele e ela sempre nus ficavam,
E a víbora maldosa, dando-lhes a fruta que era proibida,
Os fez conhecer o que antes era uma verdade que não imaginavam.
Depois de cada um ter dado a sua mordida,
Toda a inocência entre eles foi perdida.
Adão viu Eva toda despida, como ela era então,
Pelo corpo nu daquela virgem ele logo sentiu atração.
A mulher, primeiro ficando envergonhada,
Não demorou a se sentir desejada,
Ouvindo os conselhos da serpente,
Eva se fez ainda mais atraente,
Indo para perto daquele homem robusto,
Com quem ela há muito vivia,
Mas até aquele momento sobre essas “coisas” ainda nada sabia.
Com um sorriso de malícia nos lábios,
Esfregando seu corpo no dele,
Deitada no chão o recebeu inteiro.
Dando gargalhadas de alegria,
Vendo o que a mulher com o homem fazia,
Pendurada no galho da árvore daquela fruta roubada,
As consequências dos seus atos a serpente não temia,
A sua punição dos céus não demoraria,
O anjo vingador, com sua espada, suas pernas e braços cortaria,
Sem seus membros para andar,
Pelos caminhos que escolher ela terá que se arrastar.
Enquanto que o casal de pecadores,
Perdeu o lar e tudo que no Paraíso tinham.
Eva, como lembrança de suas prazerosas descobertas,
O sangue daqueles deliciosos momentos de suas entranhas sempre brotará,
Castigo não só dela, mas de todas as suas filhas e netas,
Que pelos séculos prosseguirá.
E para Adão, que se entregou às volúpias da carne sem arrependimento,
O sofrimento do trabalho, para ele e sua família,
Assim será o seu bem dito alimento,
Mas não é aqui que tudo termina,
Seus filhos essa chaga com eles levarão,
E não tardará que por causa da inveja,
Fruto desse Pecado Original,
Irmão matará irmão,
Sendo isto uma verdadeira maldição,
Que será sempre cumprida, sem cessar,
De geração em gerão,
Leve o tempo que levar.
Isto é o que nos dizem os homens da igreja,
Para nos "livrar de todo o mal",
Suas palavras não podemos contestar,
Caso contrário o Papa e seus vigários,
Dos templos sagrados vãos nos expulsar,
E, perdidos sem salvação,
Nas chamas do inferno
(criado por eles e perpetuado pelos seus lacaios),
Nossas pobres almas arderão.
Tantas bobagens escritas,
Dogmas cuidadosamente formulados,
Apenas com um objetivo: Os manter nas Hostes malignas do poder
e, todos nós, meros mortais,
Sempre obedientes e conformados,
Uns mais outros não,
Porque, como tem que acontecer,
Como Cristo mesmo disse,
Os mercadores do templo têm que desaparecer,
Para que a verdade possa prevalecer.

(Ilustração do Google.com)

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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.
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