
“ Restos “
Na velha cripta aberta,
O cheiro forte do esquecimento,
Marcas do passado.
Velas centenárias apagadas, frio!
Num canto, o ataúde violado,
Dentro, coberto de teias gigantes,
Hoje, lar das ratazanas,
Está o esqueleto empoeirado.
No maxilar quebrado,
O sinal da violência dos vivos,
Os ossos, agora, restos de alguém que o tempo
corrói.
Da vasta cabeleira de outrora,
Um crânio rachado,
No lugar dos antigos olhos azuis,
Duas cavidades escuras que não enxergam mais,
Onde antes havia um empinado nariz,
Agora, buracos habitados pelos
Insetos e outros bichos.
Dos belos dentes brancos,
Nada!
Daquele corpo perfeito de mulher,
Que todos desejavam,
Apenas o sofrimento do espírito inquieto que
vaga.
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