O cego
O cego vai pela calçada
Tateando com a bengala,
Titubeante segue seu caminho,
Sendo ridicularizado pelos pobres sem alma,
Seguindo sempre em frente,
Esbarrando naqueles que o vêem,
Mas não enxergam as tristezas deste mundo,
Feridas abertas pela visão do poder e da riqueza,
De homens e mulheres que se entregam à avareza.
O cego vai sumindo,
Desaparece no horizonte,
Da sua eterna escuridão,
Levando consigo o que para os outros parece castigo,
Sem que saibam o que se passa em seu coração.
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