
A loucura obscurece a minha mente,
Sem poder entender a realidade que Eu
não queria,
Fujo dos corvos sinistros.
A noite,
Lar dos hediondos seres malditos que rastejam
em busca da carne apodrecida,
Incomoda-me.
Os dementes, como Eu, perdidos,
Clamam pelo desconhecido sabor da vida,
Gritam contra a violência,
Mas não escapam das chamas do inferno.
Os palhaços que escondem-se do mundo
debaixo do riso mascarado,
Choram em silêncio,
São covardes.
Abutres sobrevoam os restos do nada em que foi
Transformada a minha existência.
Carros ferozes buzinam uns contra os outros e as
sirenes anunciam o fim do mundo.
Mulheres grávidas falam de seus bebês e os
bêbados esparramam os seus vômitos pelas calçadas.
A polícia violenta os direitos de cada um, de todos nós,
Pobres consumidores de drogas,
Viciados para manter as engrenagens do sistema
funcionando,
Consumindo gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário