O RIO DAS LÁGRIMAS PERDIDAS :- Capítulo 1. Cláudia olhou pela janela e viu aquela ruiva que lhe chamou a atenção noite passada num canto meio escuro do bar. Ela podia sentir o cheiro do lugar acompanhando suas lembranças, um misto de fumaça de cigarro com umidade e álcool. Lá embaixo, a moça esperava o sinal fechar para atravessar a larga avenida onde os carros buzinavam toda a sua pressa e a neurose diárias.
Levando a xícara de café aos lábios sorriu levemente imaginando-se ruiva também. De repente o celular a chama de volta à realidade insistindo nervosamente para que o atenda. Era Pedro ligando novamente. Ela já havia deixado de atender ligações anteriores. Ainda estava puta da cara por causa da falta de compostura do amigo noutro dia. Queria deixá-lo preocupado para que refletisse sobre a sua falta de noção.
Caminhou pela sala pensativa enquanto procurava o maço de cigarros deixando a xícara sobre a pequena mesa de madeira num canto. Ao passar pelo corredor deu de frente com o seu reflexo no espelho do quarto. Parou e ficou alguns minutos observando-se, analisando seu rosto, seu olhar... O silêncio encheu aquele momento e o tempo pareceu dar uma parada. ( Não perca a continuação no próximo capítulo).
"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron
sábado, 23 de março de 2019
segunda-feira, 11 de março de 2019
AMOR SANGRENTO OU A DOR QUE NÃO TEM FIM
SANGRANDO
O SANGUE que escorre mancha
Mancha nossas mãos mancha o chão
sangue esparramado em toda parte
sangria desatada feridas abertas que não cicatrizam
o gosto do sangue em minha boca
minha boca no seu sangue
sangue que nos alimenta
somos prisioneiros de nós mesmos
aprisionados pelos desejos que escondemos
pelo que fazemos quando as luzes se apagam
deuses pagãos dançando em nossas cabeças
caminhos que não levam a lugar nenhum
lembranças do que não vivemos
e na minha camiseta o sangue que me acusa
a fome que me denuncia eu apenas um vampiro
aqui escrevendo para outros vampiros
mergulhados no sangue esse vício que nos atormenta
sem paz noites dias mentes abertas portas fechadas
corações vazios e cabeças cheias de dúvidas
meu sangue misturado com o seu
nossos corpos lambuzados grudados dilacerados
amor faminto que me devora castigo que não para
assim sigo em silêncio sangrando pela vida que não é vida
essa realidade feita de ilusões
gente morta fingindo viver
eu aqui sentindo falta de você
Mancha nossas mãos mancha o chão
sangue esparramado em toda parte
sangria desatada feridas abertas que não cicatrizam
o gosto do sangue em minha boca
minha boca no seu sangue
sangue que nos alimenta
somos prisioneiros de nós mesmos
aprisionados pelos desejos que escondemos
pelo que fazemos quando as luzes se apagam
deuses pagãos dançando em nossas cabeças
caminhos que não levam a lugar nenhum
lembranças do que não vivemos
e na minha camiseta o sangue que me acusa
a fome que me denuncia eu apenas um vampiro
aqui escrevendo para outros vampiros
mergulhados no sangue esse vício que nos atormenta
sem paz noites dias mentes abertas portas fechadas
corações vazios e cabeças cheias de dúvidas
meu sangue misturado com o seu
nossos corpos lambuzados grudados dilacerados
amor faminto que me devora castigo que não para
assim sigo em silêncio sangrando pela vida que não é vida
essa realidade feita de ilusões
gente morta fingindo viver
eu aqui sentindo falta de você
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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

Thoth (Djehuty), deus das escrituras, guardião do Olho de Hórus, criador das palavras, escriba dos deuses e grande escritor do universo.

O Olho de Hórus, o que tudo e a todos vê.