A haste grossa invade a
pequena cavidade,
A quebra do selo produz o sangue,
Símbolo patriarcal,
A posse incondicional da vontade
Alheia,
A tinta no papel e a benção do
Representante da moral,
Tornam o ato normal aos olhos
Dos hipócritas,
A haste tem a obrigação de quebrar
Outros selos,
De romper acordos, rasgar contratos,
Passar pôr cima de todos os papéis.
A cavidade arrombada não pode se quer,
Ter o direito de olhar para o outro lado
Do muro.
Assim é a vida desses dois objetos,
Vivos pela metade, manipulados pêlos
Costumes da Idade Média,
Presos a prazeres artificiais,
Ao gozo forçado,
Ao orgasmo fingido.
Felizes com a felicidade dos seus
Ídolos de plástico,
Captados
pelas antenas das Tvs.
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