
“ O Cão”
O escarro cuspido
De meu peito doente,
Sai de minha boca,
Cai ao chão.
O cão moribundo,
Atacado pelas pulgas,
Pelos vermes,
Pela peste e a fome,
O esquelético cão,
Que vaga abandonado
Nas ruas,
Consumido pela sarna,
O come todo,
Faz do catarro esverdeado,
O banquete do dia.
Sai, o animal,
Coçando as pulgas,
Lambendo os beiços,
Latindo como que agradecendo
Pela refeição.
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