
um corpo cai, lentamente,
sem vida,
sem ser notado.
apenas mais um corpo que cai,
ante a indiferença dos vivos - mortos que passam.
cai,
como as folhas secas no outono,
como a chuva fria de um dia qualquer
no deserto.
o corpo, cai, imóvel,
sem vida, perdido no imenso mar
de concreto,
como os pensamentos insanos
desta gente doente,
hipócrita.
cai, mórbido e solitário,
sem ser notado como a sombra em meio a escuridão.
apenas um corpo,
mais um corpo indigente,
sem nada, sem vida,
sem ter o que valha a pena
comentar.
mais alimento para os ratos,
mais carne para os vermes.
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