IMAGINAÇÃO- O Banquete
Naquele corpo inerte
Abandonado pelo espírito
O liquido purulento escorre
Enquanto que vagarosamente a carne
Decomposta derrete
Largando os ossos que a sustentavam
Esqueleto quase todo a mostra
E as tripas espalhadas ao redor
A boca aberta que não fecha
Deixando a língua esverdeada caída para fora
Dos olhos de antes agora só os buracos
Assim também no lugar do nariz
Cavidades infestadas de vermes
Pequenos necrófilos famintos que devoram a morte
Mastigam o que antes tinha vida
Nadando em seu banquete fedorento
Passam o tempo sem se importar com as coisas do mundo
Besouros carnívoros chegam arrancando minúsculos pedaços
Acompanhados pelas formigas de todos os tamanhos
Que rasgam com suas mandíbulas os nervos apodrecidos
Do alto observam os urubus sempre voando em círculos
Aquela nauseante poça humana
De longe aparecem as hienas rindo de felicidade
Vão encher o bucho e roer os ossos espalhados
E eu aqui em minha casa assistindo televisão
Imaginando este macabro poema.
"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo. Aqueles que mais sabem, mais profundamente sofrem com a verdade fatal." - Lord Byron
domingo, 10 de outubro de 2010
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O primeiro escritor que deu nome a tudo e criou o universo com as palavras.

Thoth (Djehuty), deus das escrituras, guardião do Olho de Hórus, criador das palavras, escriba dos deuses e grande escritor do universo.

O Olho de Hórus, o que tudo e a todos vê.